© Stephane Mahe
O Departamento de Investigações de Acidentes Aéreos do Reino Unido (AAIB, na sigla em inglês) revelou nesta sexta-feira que o piloto que transportava Emiliano Sala e o avião em que o jogador de futebol argentino estava viajando não tinham as licenças necessárias para operar comercialmente.
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Sala, de 28 anos, faleceu em 21 de janeiro de 2019, assim como o piloto David Ibbotson, de 59, quando o avião que o transportava sofreu uma queda na região do Canal da Mancha, entre a França e a Grã-Bretanha, sumindo dos radares a cerca de 20 quilômetros da ilha britânica de Guernsey.
O argentino estava viajando de Nantes para o País de Gales, onde iria assinar com o seu novo time, o Cardiff City, que o havia adquirido por 17 milhões de euros (aproximadamente R$ 90 milhões, na cotação atual).
Após o acidente, e apesar de uma determinação da Fifa, o clube britânico não repassou o valor para a equipe francesa. O time alega que ofereceu um voo comercial ao jogador, que teria recusado, afastando a sua responsabilidade pelo acidente.
A investigação da AAIB revelou que Ibbotson voava rápido demais para fugir do mau tempo e perdeu o controle da aeronave durante uma curva, o que era "mais provável" de acontecer porque o voo não foi realizado de acordo com as normas de segurança aplicáveis a uma operação comercial.
Segundo a AAIB, Ibbotson não tinha treinamento prévio para voar à noite e sua licença que permite pilotar um avião monomotor havia expirado três meses antes do acidente. Além disso, o piloto foi pago pela viagem, algo que ele não tinha autorização por sua licença.
A investigação, publicada nesta sexta-feira, concluiu que Sala e Ibbotson "provavelmente" sofreram envenenamento por inalação de monóxido de carbono enquanto o avião caía no mar. Enquanto o corpo do argentino foi recuperado semanas após o acidente próximo à fuselagem do avião, o do piloto nunca foi encontrado.