© DR
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em construção, o hospital de campanha do Pacaembu abrigará 200 leitos para pacientes de média e baixa complexidade, isto é, aqueles que precisam ficar internados, mas não em regime de terapia intensiva.
PUB
Quem explica o funcionamento do local é Sidney Klajner, presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. O hospital em construção é uma parceria entre o hospital e a Prefeitura de São Paulo. A expectativa de Klajner é de que a instalação comece a funcionar na primeira semana de abril.
De acordo com Klajner, a unidade atenderá pacientes vindos das unidades básicas de saúde do município, as AMAs e UPAs. Quem tiver sintomas deve procurar as unidades básicas para o primeiro contato e triagem, já que o hospital de campanha não terá pronto atendimento.
"O perfil do paciente que atenderemos é aquele que adquiriu Covid-19 e que não está necessitando de atendimento de cuidado intensivo. Não são mais idosos, nem com doenças associadas. Pacientes que esperamos são os fora do grupo de risco, a maioria", afirma.
Quem for internado ficará isolado em baias e tem direito a um acompanhante. Apesar de a montagem da estrutura ser de responsabilidade da Prefeitura de São Paulo, o Einstein fará a gestão médica, o que inclui profissionais e equipamentos.
Espera-se que a unidade do Pacaembu alivie a carga dos hospitais municipais, ampliando espaço para que estes atendam pacientes em estado mais grave e que precisem de internação.
A unidade estará apta a realizar principalmente medidas de suporte respiratório de forma não invasiva –por exemplo ventiladores pulmonares e cateter de oxigênio. Também poderá fazer raios-X para acompanhamento do pulmão.
Além disso, contará com equipamento básico de medição de pressão e temperatura, e administrará medicamentos endovenosos e intramusculares, por exemplo.
Segundo Klajner, a meta do hospital de campanha é evitar que casos de média e baixa complexidade evoluam para quadros em que se necessite de internação em UTI – os leitos de cuidados intensivos devem ser o principal gargalo do sistema público na pandemia.
Mas, caso o estado do paciente se agrave, haverá oito leitos de UTI, que ele chama de leitos de transição.
O objetivo não é que o paciente se mantenha ali até a recuperação, mas que possa ser entubado e usar respiradores mecânicos até que aconteça a transferência para a UTI de algum hospital dedicado a tratamento intensivo.
Para trabalhar no Pacaembu, o Einstein vai contratar cerca de 500 novos profissionais, com contratos de três meses, e utilizará poucos médicos que estejam trabalhando em outras unidades da rede. O processo seletivo, totalmente virtual, ainda está aberto. As inscrições podem ser feitas pelo site oficial do hospital.
Além deste, a prefeitura de São Paulo também montará um hospital de campanha no Anhembi. Este, com capacidade para 1.800 leitos, não será administrado pelo Einstein.