União não terá Orçamento equilibrado sem mais impostos, diz secretário

O secretário afirmou que pode-se discutir novos impostos, como a volta da CPMF ou a taxação sobre grandes fortunas

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Política PR 10/09/15 POR Notícias ao Minuto

O secretário de Planejamento do Paraná, Silvio Magalhães Barros, afirmou que a União não terá um Orçamento equilibrado sem algum tipo de aumento de impostos. A declaração foi dada durante debate no XXI Congresso Brasileiro de Economia, promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon), em Curitiba.

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"O Orçamentário (de 2016) deficitário significa que o País não está em condições de fechar suas contas, que tem gastos maiores que as despesas", comentou Barros, apontando que quase 40% do Orçamento da União está comprometido com gasto de pessoal inativo, mais 20% com pessoal ativo e outros 7% com outros benefícios para os recursos humanos. "Ou seja, temos 67% do Orçamento comprometido com pessoal. Além disso existe uma série de outros gastos que estão vinculados por lei, que o governo não tem opção, tem de fazer. Os gastos discricionários são apenas 10%, e não dá pra cortar tudo desses gastos", apontou.

O secretário afirmou que pode-se discutir novos impostos, como a volta da CPMF ou a taxação sobre grandes fortunas, mas seja como for será preciso encontrar novas fontes de receita. "Vai ter de haver aumento de impostos e corte de despesas. E só com as despesas discricionárias não é suficiente para fechar a conta, o que significa que teremos de mexer também em outros gastos que hoje estão vinculados por lei".

Ele lembrou ainda que o déficit orçamentário foi um dos fatores que levou a S&P a rebaixar o rating do Brasil ontem. "A crise só vai passar se a gente tomar as medidas que precisamos tomar, porque senão, só vai piorar". Barros explicou que a perda do grau de investimento pode provocar uma evasão de recursos externos do Brasil, o que reduz ainda mais a atividade econômica e a capacidade de gerar empregos. "Isso começa a sequestrar as perspectivas de futuro de uma geração que está entrando no mercado de trabalho agora. Nós assistimos esse filme na Espanha, Grécia, Itália", disse, lembrando da crise da dívida na Europa. Com informações do Estadão Conteúdo.

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