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A família do cobrador Felipe Jordão da Silva Ferreira, de 21 anos, vai processar a Marinha pela morte do rapaz. Após atropelar um sargento na Ilha do Governador, na noite de sexta-feira (11), o militar atirou conta a van em que Felipe se encontrava. O corpo do jovem foi enterrado na manhã deste domingo, no Cemitério da Cacuia.
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O tio de Felipe, o eletricista Manoel Messias, afirma que a Marinha não se pronunciou e não deu nenhum suporte à família:
— A gente vai processar a Marinha, a família toda vai juntar dinheiro para contratar um advogado que possa orientar a gente. A gente não quer indenização, só quer justiça.
Segundo informações do Extra. o carro que Felipe dirigia furou um bloqueio feito por fuzileiros navais para a escolta de uma carreta, quando acabou atropelando o sargento. Segundo a irmã dele, Fernanda Ferreira — que estava no banco do carona — afirmou que o irmão foi baleado quando estava parando o carro para socorrer a vítima.
— Ele estava sem carteira e isso é um delito, mas é claro que não merecia uma execução. Meu sobrinho foi executado. Os militares poderiam ter atirado no pneu e não direto no meu sobrinho — revolta-se Manoel.
Maria das Graças, mãe de Felipe, repetiu que quer justiça.
— Por que o assassino do meu filho não aparece? O Felipe era um menino trabalhador, todo mundo gostava dele. O que eu posso dizer agora? Quero meu filho de volta e quero justiça.