© Reprodução / Instagram
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou que fará um chamado nacional de jejum religioso para que o país "fique livre desse mal", em referência à pandemia do novo coronavírus. "A gente vai junto com pastores e religiosos anunciar para pedir um dia de jejum ao povo brasileiro em nome de que o Brasil fique livre desse mal o mais rápido possível", disse o presidente na noite desta quinta-feira (2) em entrevista à rádio Jovem Pan.
PUB
Mais cedo, na entrada do Palácio da Alvorada, o presidente conversou com pastores evangélicos e indicou que o jejum poderia ser convocado neste domingo (5).
O Brasil já registra ao menos 299 mortes pelo novo coronavírus, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quinta-feira (2).
Foram 58 novas mortes confirmadas nas últimas 24 horas, o maior volume registrado desde o início da emergência pela Covid-19.
Na mesma entrevista, Bolsonaro reconheceu que ainda não tem apoio popular suficiente para determinar uma reabertura da atividade comercial no país. "Eu estou esperando o povo pedir mais, porque o que eu tenho de base de apoio são alguns parlamentares. Tudo bem, não é maioria, mas tenho o povo do nosso lado. Eu só posso posso tomar certas decisões com o povo estando comigo", afirmou.
O presidente defendeu que, a partir da próxima segunda-feira (6), estados e municípios determinem uma reabertura gradual da atividade comercial, evitando um aumento no desemprego. Ele ressaltou que já tem pronto em sua mesa um modelo de proposta para determinar que os estabelecimentos comerciais sejam considerados uma atividade essencial durante a pandemia do coronavírus.
"Eu tenho um projeto de decreto pronto na minha frente para ser assinado, se preciso for, considerando atividade essencial toda aquela exercida pelo homem e pela mulher através da qual seja indispensável para levar o pão para a casa todo dia", disse.
O presidente ressaltou, no entanto, que tem sofrido ameaças para não assiná-la, entre elas até mesmo a abertura de um processo de impeachment no Legislativo. Ele não especificou, no entanto, quem o tem ameaçado.