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O ministro da Secretaria de Governo, Walter Braga Netto, evitou se comprometer com a permanência do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante todo o período de pandemia do novo coronavírus, mas defendeu união no governo. Indagado sobre o assunto, Braga Netto disse que Mandetta possui "um relacionamento cordial com todos os ministros". "A palavra 'união' é a posição do governo", disse Braga Netto durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
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No mesmo encontro, Mandetta minimizou divergências internas sobre as medidas adotadas pelo governo pelo enfrentamento da covid-19. Ontem, o ministro disse que funcionários chegaram a limpar as suas gavetas na sede da pasta diante dos rumores de que poderia ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, Mandetta também reclamou de interferências no seu trabalho e pediu "paz" para continuar.
"Tudo o que estamos precisando agora é união. Tudo que estamos precisando agora é participação de todos, foco", disse Mandetta. Ele afirmou, ainda, que é "normal" ter visões distintas. "É normal, ninguém consegue em uma situação dessas ter um olhar só de um ângulo. No Ministério da Saúde, a gente tem dúvidas. Eu sei que nada sei, que vamos fazer o nosso melhor. Às vezes as pessoas têm opiniões divergentes, é normal que tenham. Acho que é um conjunto de cabeças muito qualificado que pensam juntas e ontem fez um exercício coletivo."
Mandetta defendeu que, agora, é preciso olhar para frente. "Isso é uma experiência que a gente tem que olhar pelo para-brisa, para frente, usar pouco o retrovisor e vamos olhar para a frente, vamos tocar este barco nosso chamado Brasil juntos", declarou o ministro da Saúde.