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A Venezuela ampliou hoje (16) o estado de exceção que vigora em algumas regiões do país, elevando de 10 para 20 o número de municípios vizinhos com a Colômbia cujas fronteiras foram fechadas. O do estado de exceção foi ampliado por meio de decreto publicado na Gazeta Oficial, circulou nesta quarta-feira em Caracas com a data de ontem (15).
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O decreto fecha as fronteiras dos municípios de Machiques, Rosário de Perijá, Jesus Enrique Lossada, Cañada de Urdaneta, Catatumbo, Jesus Maria Semprúm e Colón, no estado de Zulia, a noroeste de Caracas, e Páez, Rómulo Gallegos e Pedro Camejo, no estado de Apure, a sudoeste da capital.
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, reagiu à decisão do chefe do governo venezuelano, Nicolás Maduro, dizendo que a medida não soluciona os problemas nas zonas fronteiriças."Não é ampliando o fechamento que se aproxima a possibilidade de solução para os problemas que afetam a nossa fronteira. Requer-se um diálogo baseado em fatos e realidades", afirmou Santos, em Bogotá. Ele disse aos jornalistas que está disposto a conversar com Maduro para buscar soluções concretas “que permitam ter uma fronteira sã e aberta”.
No dia 24 de agosto, as autoridades venezuelanas decretaram estado de emergência em seis municípios fronteiriços com a Colômbia, justificando a medida com o combate a grupos paramilitares, ao narcotráfico e ao contrabando. O decreto presidencial suspendeu por 60 dias, prorrogáveis, as garantias constitucionais nos municípios de Bolívar, Pedro María Ureña, Junín, Capacho Nuevo, Capacho Viejo e Rafael Urdaneta, do estado de Táchira. A Venezuela fechou também as fronteiras dos municípios Lobatera, Ayacucho, Garcia de Hevia e Panamericano, também no estado de Táchira, a sudoeste de Caracas, ao mesmo tempo em que reforçou a presença militar na zona.
Na última terça-feira (15), Nicolás Maduro informou que tinha determinado o fechamento das fronteiras também nos municípios de Guajira, Mara e Almirante Padilla, no estado de Zulia, nordeste do país. Desde o fechamento da fronteira, pelo menos 1.355 colombianos foram repatriados e mais de 15 mil abandonaram a Venezuela voluntariamente, segundo fontes não oficiais.
A medida tem gerado preocupação em organismos internacionais como a União de Nações da América do Sul (Unasul) e a União Europeia. Com informações da Agência Brasil.