Governo quer congelar salário dos servidores públicos durante pandemia

Até o momento, porém, nenhuma medida que afete servidores públicos foi adotada pelo Executivo

© Marcello Casal Jr - Agência Brasil

Economia Covid-19 14/04/20 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, defendeu nesta terça-feira (14) que o governo congele o salário de servidores públicos. Para ele, a medida teria um aspecto moral ao demonstrar que todos estão dando sua parcela de contribuição.

PUB

Após o agravamento da pandemia do novo coronavírus, o governo apresentou um pacote de enfrentamento da crise, que inclui a possibilidade de corte de jornadas e salários e suspensão de contratos de trabalhadores da iniciativa privada.

Até o momento, porém, nenhuma medida que afete servidores públicos foi adotada pelo Executivo."Será que está correto algumas pessoas não perderem o emprego e manterem o salário? Um país é muito mais do que aspectos econômicos. Aspectos morais são importantes. Vamos ter que olhar com muita atenção a questão do funcionalismo público. Acho que está na hora de todos darem sua contribuição", disse em videoconferência promovida pela XP Investimentos.

Veja também: FMI prevê queda de 5,3% da economia brasileira este ano

O secretário ressaltou que a folha de pessoal representa o terceiro maior gasto do governo, depois das despesas com juros da dívida e a Previdência. Ele também argumentou que o serviço público tem distorções, como os elevados salários de entrada nas carreiras."Não é tão complicado assim você passar um ou dois anos sem reajuste. E a inflação está baixa", disse.

Nas negociações em torno do pacote de socorro a estados e municípios, o Ministério da Economia tentou condicionar a concessão de ajuda financeira ao congelamento de salário dos servidores. A medida, porém, sofre rejeição de parlamentares e não é unanimidade no governo, porque poderia gerar desgaste político em ano eleitoral.

Desde o ano passado, o governo elabora uma proposta de reforma administrativa para promover ajustes no serviço público, com corte no número de carreiras, fim da estabilidade, redução de salários de entrada e aprimoramento das avaliações de desempenho.

Diante de resistências do Congresso e do presidente Jair Bolsonaro, o texto ficou em compasso de espera nas gavetas do ministério. A crise do coronavírus suspendeu totalmente essa negociação.Na videoconferência desta terça, Sachsida ainda afirmou que a recuperação da economia após a crise "realmente preocupa". Segundo ele, se um número elevado de empresas quebrarem agora, a retomada no futuro será dificultada.

O secretário disse que empresas desvalorizadas na bolsa passam a ter restrições de acesso ao crédito. Isso porque, com avaliação de patrimônio menor, as garantias para empréstimos e financiamentos também ficam menores.Ele ressaltou, porém, que o conjunto de medidas adotado pelo governo busca mitigar esses efeitos da crise.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Harry e Meghan Markle Há 17 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

economia Carrefour Há 23 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 23 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

politica Investigação Há 17 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

fama Vídeo Há 16 Horas

DiCaprio é acusado de 'comportamento desrespeitoso' em hotel

esporte Redes Sociais Há 17 Horas

Neymar rebate declaração de Rodri sobre Vini Jr: 'Virou falador'

fama Documentário Há 17 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

brasil Brasil Há 23 Horas

Consumo de produtos ultraprocessados causa 6 mortes por hora no país

fama Richard Gere Há 23 Horas

Richard Gere fala de nova vida na Espanha: "Estou na melhor fase"

esporte Opinião Há 21 Horas

Rodri vê Vini Jr. como um dos melhores do mundo, mas cobra evolução: 'Tem coisas a melhorar'