Eduardo Bolsonaro tenta suspender prorrogação da CPMI das Fake News

A CPMI foi instalada em 4 de setembro do ano passado com o objetivo de apurar, no período de 180 dias

© Adriano Machado/Reuters

Política Deputado 21/04/20 POR Estadao Conteudo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, entrou nesta segunda-feira (20) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a Corte suspenda a prorrogação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News.

PUB

A CPMI foi instalada em 4 de setembro do ano passado com o objetivo de apurar, no período de 180 dias ,"ataques cibernéticos que atentassem contra a democracia e o debate público". Em 2 de abril, no entanto, a Mesa Diretora apresentou as assinaturas suficientes para a sua prorrogação. O requerimento foi lido e enviado para publicação, sendo que a comissão agora pode funcionar até 24 de outubro.

A ação é assinada pela advogada da família Bolsonaro, Karina Kufa, que também é uma das coordenadoras do Aliança Pelo Brasil. Nela, Eduardo Bolsonaro argumenta que, no decorrer das sessões, os objetivos da CPMI foram "desvirtuados".

O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes, a quem caberá analisar o pedido para que também sejam anuladas reuniões da CPMI realizadas em dezembro do ano passado.

Eduardo Bolsonaro acusa o presidente da CPMI, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), de aprovar requerimentos "em bloco e a toque de caixa, deixando de garantir os direitos regimentais e negando aos deputados da base aliada ao governo de situação seu direito ao contraditório". O deputado aponta situações, que segundo ele, exemplificam essas aprovações. Uma delas teria acontecido na 4ª reunião, ocorrida em 25 de setembro de 2019, em que teriam sido aprovados 85 requerimentos de uma só vez.

O deputado alega que a CPMI estaria sendo usada de forma "orquestrada" e se queixa do fato de a atual líder do PSL, deputada Joice Hasselmann (SP), ter destituído da comissão diversos deputados governistas. Segundo Eduardo, Joice tomou tal atitude após assumir o cargo de líder no seu lugar, no último dia 10 de março. A ação classifica a atitude da deputada como "perseguição".

Na ocasião, justifica, Joice retirou da CPMI os nomes do deputados Filipe Barros (PSL-PR) e Caroline de Toni (PSL-SC), além dos suplentes Carla Zambelli (PSL-SP) e Carlos Jordy (PSL-RJ).

"Os referidos deputados eram membros da comissão e, em última análise, os únicos defensores dos interesses políticos da base aliada ao governo, ou seja, a única voz que representava a atuação política do Sr. Presidente da República e do Impetrante", argumenta a defesa de Eduardo Bolsonaro.

Desde quando passou a funcionar, a CPMI das Fake News tem gerado polêmicas por convocar personalidades famosas e gerar discussões acaloradas. No decorrer dos trabalhos, o governo Bolsonaro e funcionários do Palácio do Planalto passaram a ser alvos da CPMI. Diversos requerimentos de informações têm mirado o chamado "Gabinete do Ódio", comandado pelo filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Rio Grande do Sul Há 12 Horas

Avião cai em Gramado; governador diz que não há sobreviventes

mundo EUA Há 15 Horas

Professora que engravidou de aluno de 12 anos é condenada

fama GUSTTAVO-LIMA Há 18 Horas

Gusttavo Lima é hospitalizado, cancela show no festival Villa Mix e fãs se revoltam

fama WILLIAM-BONNER Há 15 Horas

William Bonner quebra o braço e fica de fora do Jornal Nacional no fim do ano

brasil BR-116 Há 16 Horas

Acidente com ônibus, carreta e carro deixa 38 mortos em Minas Gerais

fama Pedro Leonardo Há 17 Horas

Por onde anda Pedro, filho do cantor Leonardo

lifestyle Smartphone Há 16 Horas

Problemas de saúde que estão sendo causados pelo uso do celular

esporte FUTEBOL-RIVER PLATE Há 16 Horas

Quatro jogadoras do River Plate são presas em flagrante por racismo

fama Vanessa Carvalho Há 16 Horas

Influenciadora se pronuncia após ser acusada de trair marido tetraplégico

mundo Síria Há 18 Horas

'Villa' luxuosa escondia fábrica da 'cocaína dos pobres' ligada a Assad