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BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - A Itália, país europeu mais atingido pelo coronavírus na Europa, com 25 mil mortos até esta quinta-feira (23), vai publicar seu "decreto de saída" da quarentena no dia 25 de abril, data da libertação do país da ocupação nazista, segundo veículos da imprensa italiana.
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A pandemia atingiu de forma grave o norte italiano já no final de fevereiro e o país se tornou o primeiro na Europa a impor uma quarentena rigorosa, que começou no dia 10 de março, 17 dias depois da primeira morte no país.
O atual estado de emergência se encerra no dia 4 de maio, e o governo deve anunciar planos para autorizar o trânsito de pessoas dentro de uma mesma região, mas não será possível passar de uma província a outra.
As escolas devem ficar fechadas até setembro, quando se inicia um novo ano letivo e restaurantes de bares devem ser autorizados a funcionar apenas a partir de 11 ou 18 de maio, com regras de higiene e distanciamento físico.
O trabalho remoto ainda será recomendado, embora o governo pretenda permitir a reabertura de empresas, também com regras de distanciamento físico e prevenção ao contágio.
Desde 14 de abril, a Itália permitiu a volta ao trabalho em algumas fábricas e na construção civil. Segundo os jornais italianos, mesmo depois do início das medidas de relaxamento, os bloqueios serão restabelecidos se as taxas de infecção voltarem a subir.
Com 41,5 mortes por 100 mil habitantes, a Itália tem uma das maiores taxas de mortalidade por coronavírus do mundo, em parte por causa do colapso dos hospitais: um crescimento acelerado do número de doentes superou a capacidade de atendimento, causando excesso de mortes no país (tanto por Covid-19 quanto por outras doenças).
O pico de mortes diárias foi em 27 de março, com 969. Os números vêm se reduzindo desde então, para cerca da metade por dia.