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O presidente Jair Bolsonaro declarou que Sérgio Moro, então ministro da Justiça e Segurança Pública, condicionou à exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, a uma indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro.
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Valeixo foi exonerado nesta sexta-feira, 24, levando Moro a pedir demissão e acusar Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. Moro era um dos cotados para vaga no STF, indicação que cabe ao presidente da República.
"Me desculpa, mas não é por aí", declarou Bolsonaro no Palácio do Planalto ao relatar o suposto pedido de Moro para exonerar Valeixo só em novembro depois de indicá-lo para o STF. "Reconheço as suas qualidades em chegando lá, se um dia chegar, pode fazer um bom trabalho, mas eu não troco. E, outra coisa, é desmoralizante para um presidente ouvir isso."
Bolsonaro negou que tenha pedido para Moro brindá-lo na Polícia Federal ou proteger alguém da sua família, mas deixou claro que apelou para o chefe da pasta agir no órgão para investigar alguns casos, como o atentado da facada na campanha eleitoral e o porteiro que citou o presidente no assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco.