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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O desejo do técnico Jorge Jesus de renovar até o fim de 2021 com o Flamengo anima a direção do clube e deixa o Rubro-Negro mais perto de cumprir o plano traçado no início desta temporada.
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Após a temporada de 2019, que incluiu as taças do Carioca, da Libertadores e do Brasileiro, a cúpula de futebol definiu como meta a manutenção do grupo campeão. Exceção feita ao espanhol Pablo Marí, que foi emprestado para o Arsenal-ING, não houve baixas entre os titulares.
Jogador que demandou uma negociação mais longa e envolveu altas cifras, Gabigol foi comprado e selou de vez o seu casamento com a arquibancada. Se a permanência do camisa 9 foi comemorada como um título, a torcida ainda festejou as chegadas de Pedro, Gustavo Henrique, Pedro Rocha, Thiago Maia, Léo Pereira e Michael.
O "fico" do Mister por mais um ano e meio seria a cereja no bolo do planejamento da diretoria, que sempre deixou claro que o sonho era contar com o português até o último dia da gestão capitaneada por Rodolfo Landim. O seu vínculo com os cariocas se encerra no meio deste ano.
Em Portugal desde março, Jesus mantém contatos diários com integrantes da comissão técnica e do departamento de futebol. Em um primeiro momento, a disparada do euro assuntou o Fla, mas as partes estudam uma indexação do salário em bases mais razoáveis da moeda estrangeira.
O Mister é aguardado no Rio de Janeiro na próxima sexta-feira (1º), mas não há previsão alguma da volta aos trabalhos no Ninho do Urubu. Em que pese o desejo rubro-negro de retomar os trabalhos, esta pausa no calendário devido ao coronavírus deu tempo para que os responsáveis pelo futebol ganhassem um pouco mais de fôlego para negociar com o treinador. Ante a indefinição do calendário mundo afora, além da recessão econômica, o Flamengo entende que ficou em posição mais privilegiada para conseguir um novo acordo.
Os rubro-negros já elaboraram um protocolo de saúde interno com 11 medidas a serem adotadas na retomada, mas ainda há a necessidade de aval do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Certo mesmo é que a bola voltará a rolar sem a presença de público, só não se sabe quando.