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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo revogou nesta segunda-feira (4) a decisão que concedia prisão domiciliar a um dos principais chefes da facção criminosa PCC que continuam no sistema penitenciário paulista, o traficante Leonardo Vinci Alves de Lima, 44, apelidado de Batatinha.
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Aliado dos mais violentos integrantes da cúpula da facção, como Roberto Soriano, o Tiriça, e Daniel Canônico, o Cego (ambos no sistema federal), Lima seria liberado nesta segunda, sem vigilância externa ou tornozeleira eletrônica de vigilância.
A prisão domiciliar havia concedida pelo juiz Adjair de Andrade Cintra, do Deecrim (Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal), porque Lima é hipertenso e, assim, se enquadraria no grupo de pessoas mais vulneráveis à Covid-19, estando exposto a riscos se continuasse no sistema penitenciário.
A ordem foi revogada pelo próprio magistrado após ser informado por integrantes do governo paulista, do Judiciário e do Ministério Público acerca do grau de periculosidade do criminoso, suas ligações com a facção criminosa e da pouca gravidade de seu estado de saúde.
Lima está na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior no estado, onde fica a cúpula da facção, mas não há superlotação, devido ao perfil da unidade. Ele cumpre condenação a 10 anos e 7 meses de prisão por tráfico de drogas.
De acordo com o sistema de inteligência do governo paulista, Lima ingressou pela primeira vez no sistema penal em 1996 e, deste então, ocupou diversas funções no grupo criminoso responsável pela morte de dezenas de integrantes de forças policiais no estado e de um magistrado paulista em 2003. Antes de ser preso em agosto de 2019, atuava no chamado "Quadro do Raio X", espécie de Conselho Deliberativo do PCC na rua.
No final do mês passado, a Justiça também colocou em prisão domiciliar o ourives Marcelo José de Lima, 44, um dos principais suspeitos de participar da quadrilha que roubou de 770 quilos de ouro do terminal de cargas do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em julho do ano passado.
Ele foi colocado em liberdade após concessão de habeas corpus pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), e do ministro Sebastião Reis Júnior, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), em razão do estado de saúde do suspeito.
Mesmo já tendo sido condenado por outros crimes e respondendo a outros processos, o ourives poderá ficar em casa sem monitoramento eletrônico e sem vigilância de policiais na porta de casa. Pela decisão da Justiça de Guarulhos, deverá se apresentar ao fórum tão logo os trabalhos voltem a normal, para assinar termo de compromisso e entregar seu passaporte.