© Aly Song/Reuters
Muito afetado em seu calendário por conta da pandemia do novo coronavírus, o tênis busca alternativas para retomar a sua temporada. Uma delas é os tenistas se vacinarem de forma obrigatória para poderem voltar a entrar em quadra e disputar competições pelo mundo afora. O sérvio Novak Djokovic, líder do ranking da ATP, já declarou ser contrário a essa ideia e foi criticado por um de seus maiores rivais, o espanhol Rafael Nadal.
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O atual número 2 do mundo vê a situação bem menos problemática que o sérvio. "É uma questão de seguir as regras", resumiu o tenista em entrevista ao jornal espanhol La Voz de Galicia. "Cada um é livre, mas se você participa de um circuito, talvez tenha que se sujeitar a regras impostas por ele. Se a vacinação for obrigatória e para proteger todos, Djokovic terá que ser vacinado se quiser continuar jogando tênis no mais alto nível", observou.
"Cada um terá que cumprir as regras. Se ATP ou ITF (Federação Internacioal de Tênis, na sigla em inglês) nos forçar a tomar uma vacina para jogar tênis, teremos que tomá-la. Assim como também temos restrições em relação a muitos medicamentos, que não podemos tomar para evitar problemas óbvios no controle de doping", complementou Nadal.
Outro assunto abordado na entrevista foi sobre a sua conversa com Bill Gates em fevereiro, na partida de exibição na África do Sul contra o suíço Roger Federer, na qual o magnata norte-americano teria o avisado sobre as complicações que o novo coronavírus iria trazer. "Foi uma conversa particular que infelizmente mais tarde meu tio resolveu falar sobre", disse o espanhol aos risos.
"Foi uma conversa particular que tive e não sinto vontade de falar sobre isso. Ele entende como o mundo funciona e levei o que disse muito a sério. Estávamos trocando ideias e a certa altura ele disse: Bem, não sei se viajaremos em três meses ou não. Foi a única coisa que me disse, fiquei pensando que seria exagero, mas a realidade é que infelizmente não", concluiu Nadal.