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Cerca de 50% dos adultos americanos ingerem suplementos nutricionais regularmente, segundo reportagem da Economist. Escolhidos para objetivos específicos, tais como coração, articulações e intestinos, os compradores acreditam que os suplementos os tornarão mais saudáveis. E, com isso, sustentam uma indústria muito rentável.
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Ainda segundo a publicação, a indústria de suplementos atingiu a marca de US$ 25 bilhões, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor. Os americanos, contudo, não são os únicos a gastar dinheiro com suplementos. Em todo o mundo, a indústria atingiu US$ 90 bilhões em 2014. A pergunta que fica é: suplementos realmente melhoram a saúde?
Controversos, os suplementos prometem muitos benefícios. O orgão regulador de medicamentos e comida dos EUA, Food and Drug Administration (FDA) não resenha a eficácia e segurança dos suplementos antes de eles chegarem ao mercado. Existem normas de fabricação para os fabricantes de suplementos, mas não os fornecedores de ingredientes; não há limite para a quantidade de um nutriente que pode estar em um comprimido, nem sobre as combinações de ingredientes que podem conter.
As empresas, por sua vez, têm ampla liberdade para comercializar os benefícios de suas pílulas: eles não podem reivindicar para tratar ou prevenir uma doença, mas podem usar frases como "melhora a saúde do coração" e "apoia os ossos saudáveis". E as empresas não precisam dar ao FDA provas de suas publicidades.
Existem alguns suplementos que são importantes e altamente recomendáveis, como o ácido fólico, par agrávidas, e a vitamina B12, para idosos. Em 2013, consumidores de uma pílula de emagrecimento desenvolveram hepatite aguda - um morreu e ao menos três tiveram que fazer transplante de fígado. No mesmo ano, um trio de estudos reportou que as multivitaminas não apontaram nenhum efeito claro em doenças do coração, câncer, declínio cognitivo ou morte. As evidências para a maior parte dos suplementos é, no mínimo, dúbia.