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Um estudo sobre a determinação da sexualidade de uma pessoa foi desenvolvida por Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Genética Humana (ASHG).
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Os investigadores criaram um teste de saliva que é capaz de dizer se um homem é gay.
Segundo a revista "Exame", a pesquisa foi liderada por Tuck Ngun e concluiu que efeitos epigenéticos podem ter influência na orientação sexual de homens, que se refere às modificações químicas do genoma humano que alteram a atividade do gene, mas sem alterar a sequência de DNA. Apontando também que as experiências também podem alterar alguns genes, que são transmitidos de pai para filho.
Para provar que a preferência sexual, o DNA e o ambiente estão conectados, os cientistas analisaram amostras de saliva de 37 pares de gêmeos, para obter os marcadores epigenéticos, pois em alguns casos de pares de gêmeos idênticos, um irmão é gay e o outro não.
Nas análises foram identificadas nove regiões do gene que eram distintos entre os gays e seus irmãos heterossexuais. Usando essas regiões, eles criaram um algoritmo que deduz a orientação sexual de um homem a partir de uma amostra de saliva. O testo foi capaz de acertar em 66% dos casos.
Ainda segundo a publicação, se a hipótese estiver correta, as marcas epigenéticas das mães podem ter sido apagadas em um dos gêmeos, mas não em outro. Ou ainda, enquanto um não herdou os marcadores, o outro adquiriu-os no útero.
Em comunicado, Darren Griffin, professor de genética da Universidade de Kent, escreveu que prefere esperar até Ngun publicar sua pesquisa antes de tirar conclusões precipitadas "Meu pressentimento de que a associação pode não ser tão simples como sugere", acrescentou.
De acordo com o estudo, o teste só pode descobrir se um homem é homossexual. Mulheres homossexuais e homens e mulheres bissexuais não foram contemplados na pesquisa, informou a publicação.