© Regis Duvignau/Reuters
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As ações da Latam negociadas na Bolsa de Santiago do Chile chegaram a cair 52,5% nesta terça-feira (26), após a companhia entrar com pedido de recuperação judicial nos EUA, incluindo afiliadas no Chile, Peru, Colômbia e Equador. As afiliadas de Argentina, Brasil e Paraguai não foram incluídas no pedido de proteção contra falência.
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A Latam informou a decisão na madrugada desta terça, via comunicado ao mercado. Logo na abertura do pré-mercado americano (negociações de ações entre 4h e 9h30 da manhã de Nova York), as ADRs (recibos de ações que são negociados nos Estados Unidos) da companhia despencaram e chegaram a cair 45%, encerrando as negociações em queda de 40%, a US$ 1,55.
No horário de negociação regular de Nova York, as ADRs da Latam tiveram sua compra e venda suspensa até que a companhia divulgue maiores detalhes sobre o pedido de recuperação judicial aos acionistas.
Na Bolsa de Santiago do Chile, onde a companhia é originalmente listada, as negociações ficaram suspensas até 12h do horário local. Na abertura, caíram 52,5% e as transações foram paralisadas. Por volta das 13h50, no horário de Brasília as ações caem 25%.
Os mecanismos de suspensão das negociações são uma forma das Bolsas protegerem os acionistas e a companhia de movimentos muito bruscos, como quedas abruptas.
No Brasil, as ações do setor aéreo foram impactadas. A Gol recua 2,3% e a Azul, 3,7%.
A Azul anunciou nesta terça o cancelamento de um voo extra que faria aos Estados Unidos na quinta (28), antes da medida que impede a entrada de estrangeiros vindos do Brasil no país entrar em vigor. A medida, porém, foi antecipada para esta quarta (27), o que levou a companhia a cancelar a viagem.
O mercado acionário, por outro lado, vive mais um dia de alta. O Ibovespa sobe 0,4%, a 86 mil pontos. O dólar recua 1,5%, a R$ 5,3720. Em Nova York, Dow Jones sobe 2,6%, S&P 500, 1,6% e Nasaq, 1%.