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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Provas obtidas em duas investigações conduzidas no Rio serviram como base para a Operação Placebo, deflagrada nesta terça (26) tendo como alvo principal o governador Wilson Witzel. O inquérito conduzido pela Procuradoria-Geral da República apura irregularidades na contratação de uma organização social para a montagem de hospitais de campanha, bem como a relação de Witzel com o empresário Mário Peixoto, preso há duas semanas.Witzel afirma que a investigação é fruto de "perseguição política" conduzida pelo presidente Jair Bolsonaro por meio da Polícia Federal.
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As provas usadas pela PGR, contudo, têm como origem o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro. As provas sobre Peixoto foram obtidas em desdobramento da Operação Lava Jato, que investiga fraudes no governo Sérgio Cabral. Elas apontam pagamento de uma firma ligada ao empresário para a primeira-dama Helena Witzel a partir de agosto do ano passado. O próprio governador também foi citado em interceptações telefônicas.A PF contribuiu de forma intensa com essa apuração, algo não constante nesses três anos e meio de investigações sobre o governo fluminense.
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A contribuição da PF do Rio com a Lava Jato sempre foi discreta, se limitando ao cumprimento de mandados e laudos periciais. Ela teve maior participação apenas nas duas operações que prenderam deputados estaduais, Cadeia Velha e Furna da Onça.Investigadores afirmam que a atuação da PF está mudando nos últimos meses.
A primeira operação com protagonismo da corporação foi a prisão do doleiro Dario Messer.A Operação Favorito, que investigou Peixoto, teve como origem elementos obtidos pelo MPF no suposto pagamento de propina a conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado) na gestão Cabral.
A PF assumiu a investigação para aprofundar as evidências e detectou a atuação do empresário na gestão Witzel.Segundo a reportagem apurou, a PF também está à frente de mais três investigações decorrentes da Lava Jato fluminense.Outra frente que atingiu Witzel não tem relação com o órgão federal. Trata-se de um depoimento dado pelo ex-subsecretário de Saúde Gabriell Neves na investigação que apura a contratação do Iabas para a montagem e gestão dos hospitais de campanha.Ele mencionou Witzel em circunstâncias ainda não divulgadas.
O caso foi enviado para a PGR e embasou o pedido de busca e apreensão no Palácio Laranjeiras.Essa investigação do MP-RJ ainda não resultou em prisões ou buscas públicas.Witzel afirma que foi vítima de uma perseguição política do governo Bolsonaro por meio da PF.
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