Sexo em tempos de pandemia. Como o confinamento afeta a libido
Se notou algumas mudanças drásticas na sua libido ultimamente, não está sozinho
Pode não querer sexo de todo
Para muitas pessoas, o enorme stress desencadeado pela pandemia abafou o seu desejo sexual. Se quer simplesmente aninhar-se na outra pessoa e comer snacks, não está sozinho!
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O stress pode matar o desejo
Os estudos dizem que vidas stressantes estão ligadas a uma menor excitação sexual; portanto, quando adiciona o stress que vem com uma pandemia, pode imaginar os resultados. Parte do problema é que, quando estamos stressados, não conseguimos estar presentes, explicou a terapeuta sexual Jessa Zimmerman ao site MGB.
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O sentido de sobrevivência eclipsa o prazer
Sob imenso stress, os sistemas reguladores do cérebro e do corpo permanecem num estado de alerta elevado, e o nosso foco na sobrevivência ocupa toda a energia que poderíamos ter para o prazer.
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O que fazer?
Em primeiro lugar, não seja duro(a) consigo mesmo(a). A nossa sexualidade não é algo que possamos separar de nós mesmos, mas é uma parte holística do nosso bem-estar que está ligada ao resto da nossa vida.
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Combater o cortisol
Mesmo além da libido, é importante combater o influxo de cortisol, a hormona do stress, com atividades físicas como dança, ioga, caminhada e até mesmo rir e abraçar, tudo coisas que aumentam os níveis de oxitocina, a hormona do bem-estar e do amor.
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Desejo responsivo
Existem dois tipos de desejo: espontâneo e responsivo. Embora possa não estar a sentir nenhum desejo espontâneo (não estar "com vontade"), ainda pode aceder à libido quando estimulado(a). Pode procurar e explorar estímulos, seja na forma de material erótico, ou com a sua cara-metade.
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Pode querer mais sexo do que o habitual
Para muitas pessoas, o sexo é uma forma de alívio do stress e uma grande distração, e durante esta pandemia também ocorreu um aumento da libido para algumas pessoas — o fenómeno denominado pela revista Men's Health* como "tesão do apocalipse". Um estudo* recente também observou um aumento de atividade em apps de encontros.
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Mas pode ser mau sexo
Um pequeno estudo constatou que as mulheres estão a fazer mais sexo durante o confinamento, devido ao desejo maior e à proximidade constante com o parceiro. Mas o estudo também descobriu que a qualidade geral do sexo era menor (envolvendo a capacidade de excitação, lubrificação e facilidade de atingir o orgasmo), apesar do aumento da frequência.
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O que fazer?
Redefina a ideia que tem de experiência sexual para tirar a pressão da situação. Expectativas de obter orgasmos e realizar uma rotina de relações sexuais são o que a fará sentir insatisfatória; portanto, oiça aquilo que o seu corpo deseja, em vez do que a sua mente espera.
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Pode estar a sentir-se infeliz com o seu corpo
Infelizmente, muitas pessoas atribuem a sua confiança à aparência externa, de modo que a recente falta de exercício e, talvez, a maior ingestão de comida de consolo podem afetar a imagem corporal e, assim, o desejo e a satisfação sexual.
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Vista-se mal, sinta-se mal
Durante o confinamento, muitas pessoas também não estão a vestir-se ou a arranjar-se, o que pode afetar o desejo e atração sexual por parte dos seus parceiros. Mas antes de apontar o dedo, analise a raiz do problema.
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O que fazer?
Comece por fazer algum trabalho consigo mesmo para separar a sua confiança de algo tão volátil quanto a aparência. Claro, isso não quer dizer que de repente estará totalmente livre do poder das aparências, por isso pode ainda assim tentar colocar um pouco de esforço na sua apresentação.
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Está provado que o exercício aumenta a libido
Suar num treino em casa ou numa corrida não só beneficiará a sua saúde física e mental, mas também pode aumentar a sua libido!
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Estão juntos demasiado tempo
Passar muito tempo com alguém não é bom para o desejo sexual. Desse modo não há oportunidade para sentir a sua falta e pode até preferir algum desejo de distância, em vez de aproximação.
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"O fogo precisa de ar"
Como diz a renomada psicoterapeuta Esther Perel disse: "O fogo precisa de ar", o que significa que o desejo exige espaço para prosperar. Afinal, a conexão requer dois seres que são separados.
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O que fazer?
Parece contraintuitivo, mas se quiser fazer mais sexo, pode ser necessário passarem mais tempo separados. Trabalhem em salas diferentes, façam caminhadas sozinhos, tenham os seus próprios passatempos e deem-se a oportunidade de sentirem a falta um do outro.
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As vossas rotinas estão a matar o desejo
Muitas pessoas criaram rotinas diárias para conferir estrutura a estes tempos imprevisíveis e, embora isso seja ótimo para a saúde mental, os estudos* mostram que as novas experiências são mais propícias a libidos mais altas.
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Ausência de novas experiências
Os terapeutas sexuais consideram a novidade a semente do desejo, mas no confinamento é muito fácil cair na rotina de assistir a Netflix durante duas horas antes de dormir todas as noites. Novas experiências são uma das maneiras essenciais para os parceiros se sentirem conectados e revigorados.
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O que fazer?
Mesmo durante a pandemia, podem renovar a vossa rotina de maneiras pequenas, mas eficazes, como talvez jantarem num parque uma noite, ou assumirem uma pequena tarefa nova juntos, ou trocarem a Netflix por um jogo.
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Pode não estar a dormir bem
As pessoas estão a relatar sonhos bizarros de quarentena e dificuldade em dormir durante esse período, o que pode afetar as suas hormonas e a sua libido de maneira considerável.
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O que fazer?
Tente comer saudavelmente (p.ex., nada de açúcar antes de dormir), vá para a cama num horário regular e evite olhar para qualquer ecrã uma hora antes de ir para a cama.
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Pode estar a beber mais
Métodos de enfrentamento como este não são certamente ideais, mas é a realidade para muitas pessoas. O aumento do consumo de álcool tem sido associado a disfunção e falta de desejo sexual.
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O que fazer?
Tente trocar métodos prejudiciais de enfrentamento por alguns afrodisíacos.
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Tem possivelmente acesso limitado a métodos de contraceção
Pode ser tão simples quanto ficar sem preservativos em casa e não arriscar uma visita à farmácia para comprar mais, ou talvez o seu DIU tenha expirado, mas a falta de acesso a ferramentas sexuais mais seguras e serviços de saúde reprodutiva é um problema muito real nesta pandemia.
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Ter menos sexo significa redução do desejo
Por causa das suas hormonas, quanto mais sexo faz, mais o deseja. Portanto, se não o faz, também o desejará menos, o que afetará especialmente os casais que não estão confinados juntos.
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O que fazer?
Não se preocupe! Aumentar o stress não é certamente aquilo de que precisa agora, mas também não tem motivos para se preocupar porque a libido não desaparecerá para sempre e provavelmente voltará rapidamente após a pandemia.
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A intimidade não tem de envolver sexo
Mas é um ótimo ponto de partida se quiser fazer mais sexo! Pode ser tão simples quanto reservar um tempo para perguntar como o seu parceiro ou parceira está realmente, mostrando afeto físico como dar as mãos ou massajar ou fazer algo especial por ele(a).
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Libidos desequilibradas
Pode acontecer que você e a sua cara-metade tenham libidos muito díspares neste período, e isso pode levar a frustração e mal-entendidos.
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Lifestyle
Sexo
30/05/20
POR Notícias Ao Minuto
Neste período de pandemia, as nossas vidas têm sido reestruturadas, portanto, não é de admirar que as nossas vidas sexuais tenham sofrido com isso.
O stress apenas em torno da sobrevivência — desde alojamento e finanças, à saúde e à perda — pode pôr o sexo no fundo da lista de prioridades, mas este é um aspecto estimulante da experiência humana que pode realmente ajudar a aliviar o medo e o desespero.
Dito isto, o stress crônico ocorre de maneira diferente para todos, resultando numa grande perda de desejo sexual para alguns, ou numa fome maior do que nunca para outros, acentuando a dinâmica já complicada dos casais em quarentena. Clique para saber mais sobre como e porque é que o confinamento está a afetar a sua libido e algumas dicas para ajudar a superar isso.
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