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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O piloto da Fórmula 1 Charles Leclerc condenou o racismo e disse que o crime precisa ser "combatido com ações e não com silêncio". O posicionamento do monegasco vem após críticas de Lewis Hamilton sobre o fato de automobilistas não falarem sobre a morte do americano George Floyd.
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Floyd morreu no mês passado em Minneapolis, nos Estados Unidos, após ser sufocado por um policial branco, que ignorou suas reclamações de que não conseguia respirar. O ato deu início a uma série de protestos em várias cidades dos EUA, alem de em outros países.
Leclerc usou seus stories do Instagram para fazer a sua declaração. Com a hashtag #BlackLivesMatter, ele afirmou: "Para ser honesto, eu me sinto fora de lugar e desconfortável compartilhando meus pensamentos sobre essa situação toda nas redes sociais, isso porque eu não me expressei antes. E eu estava completamente errado".
"Eu ainda luto para encontrar palavras para descrever a atrocidade de alguns vídeos que tenho visto na internet. Racismo precisa ser confrontado com ações, não com silêncio", continuou Leclerc.
"Por favor, participem ativamente, engajem e encorajem outros para espalhar consciência. É nossa responsabilidade falar contra injustiças. Não permaneça em silêncio", concluiu ele na publicação.
No fim de semana, Hamilton criticou seus colegas pela omissão quanto ao assassinato de Floyd. O piloto da Mercedes declarou que esperava manifestações após o ocorrido e afirmou que se sentia sozinho diante do silêncio. Vale lembrar que o hexacampeão é o único negro na Fórmula 1 em 2020.
"Eu vejo aqueles de vocês que ficam calados, alguns de vocês são as maiores estrelas, e ainda assim ficam calados no meio da injustiça. Nenhum sinal de ninguém na minha indústria que, é claro, é um esporte dominado por brancos. Eu sou uma das únicas pessoas de cor lá e ainda estou sozinho. Pensei que veriam o que aconteceu e que diriam algo sobre isso, mas vocês não podem ficar ao nosso lado. Só sei que sei quem vocês são e eu vejo vocês", escreveu Hamilton.
Mais tarde, ele voltou a escrever, esclarecendo que não apoia protestos violentos e saques, como os que aconteceram em Minneapolis, mas que incentiva as manifestações pacíficas.