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Em meio a um quadro de perda de confiança, emprego e renda, somado à paralisação do comércio de produtos considerados não essenciais, a procura dos brasileiros por crédito teve em abril o maior tombo em 12 anos de estatísticas da Serasa Experian. O indicador de demanda por financiamentos recuou 25,7% em abril na comparação com o mesmo mês de 2019, na queda mais acentuada da série histórica iniciada em janeiro de 2008 pela empresa que fornece informações para análises de crédito.
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Na comparação anual, foi o terceiro mês consecutivo de baixa na procura por crédito. Em relação a março, a retração em abril foi de 13,5%.
A avaliação da Serasa é de que os consumidores, em razão do ambiente de incertezas e perda de renda, estão menos propensos a tomar crédito, sobretudo na camada dos brasileiros com renda mensal inferior a R$ 500, onde a redução da demanda foi de 27,5%.
De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o consumidor passou a priorizar gastos de primeira necessidade, geralmente feitos à vista ou com crédito pré-aprovado, em detrimento de financiamentos de médio e longo prazos para a aquisição de bens como carros ou imóveis.
"As pessoas que não possuem uma reserva financeira e dependem de sua renda mensal para sobreviver estão menos dispostas a adquirir despesas futuras, pois não têm segurança para arcar com grandes compromissos financeiros", comenta Rabi.