Bolsonaro afirma que pode prestar depoimento pessoalmente à PF

Segundo Bolsonaro, o inquérito acabará sendo arquivado

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Política Investigações 03/06/20 POR Estadao Conteudo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode prestar depoimento presencialmente à Polícia Federal no inquérito que investiga se houve interferência política na PF. Segundo Bolsonaro, o inquérito acabará sendo arquivado, mas ele prestará esclarecimentos "sem problema nenhum".

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"Eu acho que esse inquérito que está na mão do senhor (ministro) Celso de Mello (do Supremo Tribunal Federal) vai ser arquivado. A PF vai me ouvir, estão decidindo se vai ser presencial ou por escrito, para mim tanto faz. O cara, por escrito, eu sei que ele tem segurança enorme na resposta porque não vai titubear. Ao vivo pode titubear, mas eu não estou preocupado com isso. Posso conversar presencialmente com a Polícia Federal, sem problema nenhum", disse o presidente na noite de terça-feira, 2, no Palácio da Alvorada.

Na semana passada, a PF afirmou em documento enviado ao STF que "mostra-se necessária a realização" do depoimento que apura se houve ingerência por parte dele, baseado em acusações do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro. Nesta terça, 2, o procurador-geral da República, Augusto Aras, manifestou-se favorável ao depoimento.

Após a polêmica do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, tornado público por decisão judicial que faz parte do inquérito, Bolsonaro afirmou que o próximo encontro será aberto à imprensa.

Ministério da Segurança

Na mesma entrevista, Bolsonaro voltou a dizer que tem intenção de desmembrar o Ministério da Segurança Pública do Ministério da Justiça. Como mostrou o Broadcast/Estadão (sisteam de notícias em tempo real do Grupo Estado), Bolsonaro está decidido a recriar a pasta, mas estuda o melhor momento. Nesta quinta, 4, ele deve se reunir com a bancada da bala para tratar do assunto, que faz lobby para que a decisão seja tomada até julho.

A jornalistas, Bolsonaro não quis se comprometer com a indicação do ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF) para o comando do novo ministério. "Não vou dizer que seja ele nem que não seja. Sou amigo do Fraga desde 1982. Ele está livre de todos os problemas que teve aí, é um grande articulador. Ele é cotado, mas nada de bater o martelo não", declarou.

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