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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - No Corinthians desde 2012, Cássio, 32, declarou que pensa em se aposentar no clube. Além disso, o jogador afirmou que tem como meta superar Ronaldo como o goleiro que mais vezes vestiu a camisa do clube.
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Atualmente, Cássio tem 463 jogos com a camisa do Corinthians contra 602 de Ronaldo, que defendeu o clube alvinegro entre 1988 e 1998.
"Eu penso, sim, em me aposentar no Corinthians. São nove temporadas pelo clube. Em 2016, eu cheguei a perder minha posição, mas aprendi com meus erros ali, e espero que nunca mais aconteça. Estou chegando a 500 jogos e tenho a meta de passar o Ronaldo (goleiro) em número de jogos. O Fábio, o Marcos, o Rogério Ceni, que ficaram muito tempo em seus clubes são inspiração para mim, com certeza. Mas, quero pensar ano a ano e buscar mais conquistas", declarou em entrevista à ESPN Brasil, nesta quarta-feira (3).
DEFESAS MARCANTES
O goleiro falou da importância da defesa que fez nas quartas de final da Copa Libertadores da América de 2012, em chute de Diego Souza. Cássio afirmou que o lance é uma marca de sua carreira. Ele também comentou outro lance emblemático, que ocorreu no Mundial de Clubes daquele mesmo ano.
"Quando se falar de Cássio no futuro, vão sempre lembrar desta defesa. Espero continuar fazendo um bom trabalho, ganhando títulos no Corinthians, mas nunca vão esquecer dessa defesa. No jogo, a gente não tem essa dimensão, acaba entendendo depois. E como a gente ganhou a Libertadores depois, a defesa acabou sendo mais importante ainda. No Mundial, teve a defesa em que eu acabei sentando na bola. Eu me joguei para a bola bater em mim, espirrar, confesso que não saiu bem como o esperado, mas a bola não entrou", disse.
ÍDOLOS
O goleiro do Corinthians afirmou que Óscar Córdoba, goleiro colombiano de passagem marcante pelo Boca Juniors, é seu grande ídolo de infância. Cássio citou também Ronaldo Giovanelli, Taffarel e Schmeichel como jogadores que passou a admirar depois de mais velho.
"Como ídolo, o primeiro goleiro que eu vi jogar foi o Córdoba, ex-Boca Juniors. Depois, aprendi a gostar do Ronaldo, do Taffarel, com quem eu tive a chance de trabalhar na seleção também. E, depois, o Schmeichel, o pai, que eu aprendi a admirar vendo os vídeos dele na internet', contou.
RACISMO
Cássio ainda falou sobre assuntos que tem agitado o noticiário na última semana. O goleiro corintiano confessou que não tem acompanhado muito as notícias, mas defendeu as manifestações pró-democracia.
"Todas as pessoas têm direito de se manifestar. Confesso que não tenho visto muitas notícias. Tento não ver muito porque são muitas notícias ruins. Se for para gente crescer, evoluir como população, democracia. O que vem para agregar para o nosso país é válido", declarou ao Sportv.Sobre o racismo, Cássio elogiou as atitudes do Corinthians, que se posicionou nas redes sociais e afirmou que é inadmissível viver essa realidade.
"É inadmissível que a gente viva isso. A gente vê coisas muito piores até em países mais desenvolvidos. Acho que o Corinthians agiu corretamente. Se todos nos unirmos e cada um fizer um pouquinho, a gente pode acabar com isso. Não dá para viver assim. Sou a favor desse movimento. E o que eu puder fazer para ajudar, eu vou fazer", complementou.