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Um levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostra que o Brasil é um dos poucos países do mundo a não restringir o acúmulo de benefícios previdenciários, permitindo, por exemplo, que uma viúva ou viúvo receba pensão e aposentadoria mesmo que ainda esteja trabalhando e receba também um salário.
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A brecha cria uma grande pressão sobre os gastos, que vêm aumentando expressivamente, mesmo com regras aprovadas recentemente pelo Congresso impondo limites importantes às pensões.
Na Inglaterra, em outro exemplo, a pensão por morte pode ser acumulada com aposentadoria por um período máximo de dois anos.
Essa acumulação só é possível na Noruega desde que a segunda fonte de renda equivalha a no máximo 50% do valor do benefício. Nos Estados Unidos, o aposentado que volta ao trabalho tem o seu benefício reduzido pela metade.
Um dos grandes problemas enfrentados pela Previdência é que as mulheres recebem pensão em maior número e o aumento da sua participação no mercado de trabalho elevou o acúmulo de benefícios. E, além disso, os casamentos em que o homem é bem mais velho que a mulher são os que mais têm crescido, o que eleva o prazo médio de pagamento das pensões às beneficiárias.
Só neste ano é que a nova lei limitou o acesso à pensão por morte: cônjuges que ficam viúvos com menos de 21 anos de idade agora só recebem o benefício por três anos.
Esse prazo vai aumentando gradualmente de acordo com a idade e só é vitalício para quem perde o parceiro (ou parceira) com 44 anos ou mais.
Do total de pessoas que recebem pensão no Brasil, 17% recebem aposentadoria e 22% recebem renda do trabalho. Outros 5% recebem aposentadoria e trabalham.