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"O impacto (da possível mudança nos EUA) já está sendo sentido imensamente nos emergentes, especialmente aquelas economias com déficits em conta corrente e que são dependentes de fluxos de capital", diz o banco, ao comentar que esses mercados dependem mais do financiamento externo e podem sofrer no futuro com a diminuição da liquidez global.
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Ao comparar a previsão de déficit em transações correntes para 2014 com a evolução das moedas emergentes, o banco diz que os dois temas têm forte correlação. "O ajuste da moeda é maior entre aqueles que têm os maiores déficits. Nos casos em que um déficit em conta corrente não é associado a uma moeda mais fraca, parte do ajuste foi simplesmente feita em outras áreas, seja via alta das taxas de juros ou queda das reservas cambiais", diz o HSBC.
"Um problema para os mercados emergentes, exclusivo à circunstância atual, é que essa mudança de paradigma de política monetária nos Estados Unidos chega num momento em que o ciclo econômico do mundo desenvolvimento está ganhando impulso, enquanto o ciclo dos emergentes já pode ter atingido um pico", dizem os economistas do banco no estudo. "Isso acontece em contraste com o passado, quando os ciclos eram mais correlacionados."
Ao contrário de ciclos passados, atualmente o mundo desenvolvido e o emergente apresentam ritmos desencontrados na economia. Enquanto regiões como os Estados Unidos e a Europa parecem ganhar tração, países em desenvolvimento como a China emitem sinais de desaceleração.