Estoque alto explica desaceleração no emprego

A ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira, 22, que, na atual situação de "estoque alto de emprego, é quase que normal uma desaceleração". Ontem, o Ministério do Trabalho divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do mês de julho, que registrou apenas 41.463 novos postos de trabalho, o pior resultado para meses de julho desde 2003.

© Agência Brasil

Economia Gleisi Hoffmann 22/08/13 POR Agencia Estado

"Hoje eu estava lendo os jornais e vi um alarde muito grande de que estamos com o menor crescimento do emprego no Brasil. É como se fosse até uma situação trágica, de que o desemprego vai explodir", comentou a ministra, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).

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Ela apresentou dados dos últimos dez anos sobre o nível de emprego e destacou que o Brasil saiu de um patamar de 12,2% de taxa de desemprego para algo em torno de 5,7%, entre os primeiros semestres de 2003 e 2013. Ela comentou ainda os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados hoje, que mostram que a taxa de desemprego para os meses de julho foi uma das menores da história do País.

"Aliás, em julho de 2011, nós tínhamos 6,0% de desemprego. Em julho de 2013, nós temos 5,6%. O que nós temos é uma desaceleração do crescimento da empregabilidade. O que, numa situação como a nossa, de um estoque alto de empregabilidade, é quase que normal", disse.

Gleisi disse que o governo está atento aos dados, mas não concorda com a visão pessimista provocada pelos dados do Caged de ontem. "É apostar contra uma situação que não é deteriorada. É uma situação que mostra o que nós conquistamos nesses últimos dez anos", completou.

A taxa de desemprego apurada pelo IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,6% em julho, ante 6% em junho deste ano e 5,4% em julho do ano passado.

A ministra afirmou que o Brasil não vive com a situação de desemprego. Segundo ela, nos últimos dez anos, o País gerou 40,4 milhões de empregos, quando o governo começou uma política ofensiva de empregabilidade.

"Qualquer número de variável de geração de emprego deve ser observado a partir desse estoque. É importante falar isso para que não prevaleça a ideia pessimista de que estamos com situação de desemprego", afirmou a ministra em rápida entrevista.

Gleisi disse que os dados divulgados hoje pelo IBGE e ontem pelo Caged mostram que a taxa de desemprego em julho foi de 5,6%, contra 6% em junho. "Temos um crescimento menor das vagas de geração de emprego em razão do aumento do estoque que tivemos nos últimos anos", completou.

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