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O jornal Daily Mail informou que as autoridades portuguesas estão “furiosas” com a descoberta alemã sobre o caso Maddie e que estão, inclusive, atrasando a investigação.
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De acordo com o jornal britânico, esta “guerra” entre as duas autoridades ameaça a tentativa de acabar com o mistério em torno do desaparecimento de Madeleine McCann, que ocorreu há 12 anos, na Praia da Luz, no Algarve, onde a menina inglesa passava férias com os pais e os dois irmãos.
Ainda segundo a mesma publicação, os inspetores da Polícia Judiciária (PJ) estão “enfurecidos” por terem sido acusados de “procrastinar” perante o apelo de ajuda por parte das autoridades alemãs.
“Uma semana depois de Cristian Brueckner ter sido identificado como principal suspeito, as equipes portuguesas não solicitaram mais nenhum pedido de informação”, atira o Daily Mail.
Já uma fonte das autoridades portuguesas, contactada pelo mesmo jornal, garante que “não foram convidadas a fazer entrevistas com novas testemunhas” e criticam a mesma atitude por parte dos investigadores.
“A estratégia deles está errada e não ajuda”, declarou a referida fonte, acrescentando que as autoridades portuguesas estão disponíveis para ajudar, mas tudo o que viram até ao momento, por parte da polícia alemã, foram apenas suposições.
“As autoridades alemãs dizem que Madeleine McCann está morta, mas também assumem que não fazem ideia de onde está o corpo. Por que é que dizem isso se não têm nenhuma evidência? Os crimes são resolvidos com base em evidências, não em suposições”, adiantou.
Além disso, garante o Daily Mail, “grande parte da raiva” das autoridades portuguesas está relacionada com o fato dos investigadores alemães terem sugerido que Cristian Brueckner é responsável por outros crimes semelhantes no Algarve.
Mas os desentendimentos entre os investigadores de ambos os países não ficam por aqui. O promotor alemão Hans Wolters lançou mais farpas para a fogueira durante uma entrevista recente.
“Trabalhar com as autoridades do Sul da Europa, geralmente, leva mais tempo. Eles demoram mais tempo para tudo. A polícia francesa e britânica é mais rápida, mais eficiente”, disse Hans, assegurando que mantém o contato “com os colegas de Portugal, mas que tudo é mais complicado”.
As autoridades portuguesas garantem que “passaram” à polícia britânica, em 2012, o nome de Cristian Brueckner, mas que este foi descartado da investigação por haver apenas registro de crimes relacionados com furtos no seu cadastro.