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A cidade de Pequim vai voltar a encerrar todas as suas escolas e universidades, anunciaram hoje as autoridades locais, após um aumento dos casos do novo coronavírus na capital chinesa. A vice-secretária-geral do governo municipal de Pequim, Chin Bei, disse numa coletiva de imprensa que a cidade passa agora do terceiro para o segundo nível de emergência, no qual as comunidades de vizinhos vão comprovar a identidade e o estado de saúde dos residentes, assim como medir a temperatura.
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Além da suspensão de todas as aulas presenciais, os residentes são aconselhados ao teletrabalho e as comunidades em áreas de risco "alto" - com casos confirmados ou que tiveram contato com o mercado onde surgiu o surto - ficam seladas.
As autoridades pediram também aos habitantes da capital que não saiam da cidade.
Pequim diagnosticou mais de 100 casos da covid-19 desde sexta-feira, após a detecção de um surto no principal mercado abastecedor da capital, fazendo temer uma nova onda de contaminação quando parecia que o país já tinha conseguido conter o vírus.
Um porta-voz da capital chinesa, Xu Hejian, admitiu hoje que a situação epidêmica em Pequim é "extremamente grave" e que a cidade está numa "corrida contra o tempo".
Com 21 milhões de habitantes, a cidade aumentou, entretanto, a sua capacidade de triagem diária para mais de 90.000 pessoas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira que acompanha "muito de perto" a situação em Pequim, adiantando estar considerando enviar especialistas para Pequim nos próximos dias.
O coronavírus que causa a covid-19 apareceu no final de 2019 no centro da China, em Wuhan, antes de se espalhar por todo o planeta.
A pandemia já provocou mais de 436 mil mortos e infectou mais de oito milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência France Presse.