© Reprodução /  Santos TV
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Em reunião realizada na noite desta terça (16), o Conselho do Santos reprovou a abertura do processo de impeachment do presidente do clube, José Carlos Peres, por irregularidades administrativas. No total, foram 79 votos contrários, 75 abstenções e apenas seis favoráveis.
PUB
Vale lembrar que, desde o início de sua gestão, em 2018, o mandatário já havia passado por duas ações que pediam a sua saída do cargo. No passado, o dirigente não foi afastado do cargo por causa da votação dos sócios. Desta vez, o processo era baseado na reprovação de contas de 2018, quando o clube apresentou R$ 77 milhões de déficit em seu balanço.
Por isso, o parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) recomendava a saída do presidente e dos demais membros do Comitê de Gestão. Entre os motivos para a reprovação e abstenção estão os erros jurídicos. Além disso, alguns conselheiros entenderem que o vice, Orlando Rollo, não fazia parte da gestão e, por isso, não deveria ser suspenso.
"Fiquei sabendo da reunião de hoje [terça] pela imprensa, pois estou afastado da administração do Santos. Não me deram oportunidade de exercer a ampla defesa. O estatuto me faculta a possibilidade de comparecimento para que eu possa demonstrar a minha versão. A CIS age vergonhosamente como um tribunal de exceção. Até hoje não me deram cópia integral do processo, mesmo eu tendo requerido. Só tenho a lamentar. A quem interessa conturbar o ambiente no clube?", reclamou o vice-presidente do clube, Orlando Rollo.
A reunião virtual de terça teve a participação do ex-presidente Odílio Rodrigues e dos integrantes do Comitê de Gestão -Pedro Dória, Fábio Gaia e Mateus Bertioga.
O clube alega que as contas do balanço só apresentaram saldo negativo porque os 40 milhões de euros referentes à venda de Rodrigo só foram computados em 2019 -quando o Santos teve superávit de R$ 23,5 milhões.
Peres ainda terá a sua gestão avaliada em outra reunião do Conselho, marcada para o dia 30. A pauta é o balanço financeiro de 2019, sendo que o Conselho Fiscal sugere a reprovação, o que pode ocasionar outra ação por impeachment ou o afastamento do dirigente.