Metade dos leões de África pode desaparecer em 20 anos

O estudo, realizado ao longo de 20 anos junto a 47 populações diferentes de leões, tem conclusões alarmantes

© Reprodução/Lusa

Mundo Rei 27/10/15 POR Notícias ao Minuto

Dos 20.000 leões que ainda habitam o continente africano, quase metade pode desaparecer dentro de 20 anos, segundo um estudo publicado pela revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências.

PUB

O estudo, realizado ao longo de 20 anos junto a 47 populações diferentes de leões, tem conclusões alarmantes: o número diminuiu em todas, com exceção de comunidades no Botsuana, na Namíbia, na África do Sul e no Zimbabuê..

Os investigadores acreditam que, em meados do século XX, os leões na África rondavam os 200.000, ou seja, eram em número dez vezes superior, e Philipp Henschel, co-autor do estudo, esclarece que estes felinos ocupavam então muito mais território, estando atualmente confinados a 25% dessa área.

A situação é particularmente crítica na África Central e Ocidental, onde os cientistas, tendo por base a evolução das populações de grandes felinos desde 1990, estimam que metade dos leões desapareça nos próximos 20 anos.

Nesta zona da África, vivem apenas duas grandes populações - uma de 350 indivíduos, no complexo W-Arly-Pendjari, na fronteira entre o Benim, o Burkina Faso e o Níger, e outra com 250, no complexo do Benue, em Camarões.

Na África Ocidental, o leão é já considerado "em perigo crítico de extinção", de acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, mas os investigadores esperam convencer esta entidade a colocar o felino nessa mesma categoria na África Central e Oriental, onde figura apenas como espécie "vulnerável".

O desaparecimento dos leões resulta, principalmente, da concorrência humana, na medida em que zonas que seriam de caça para aqueles felinos têm vindo a ser transformadas em terras agrícolas ou de pastoreio, além de que animais que constituem a sua alimentação (como os antílopes ou os búfalos) são mortos por caçadores, havendo ainda leões abatidos por agricultores para protegerem os rebanhos.

Os felinos também são mortos - embora em menor proporção - devido à sua pele ou ossos, estes últimos utilizados na medicina asiática como substitutos dos ossos de tigre, que se tornaram muito raros.

"Proteger os leões exige muito esforço e muito dinheiro", declarou o investigador Philipp Henschel, dando como exemplo o Kruger Park, na África do Sul, que beneficia de fundos públicos significativos e "os reinveste na proteção dos animais".

Ainda de acordo com o cientista, "um estudo recente mostrou que são necessários cerca de 2.000 dólares (1.800 euros) anuais por quilómetro quadrado para proteger eficazmente os leões, mas a maior parte das áreas protegidas dispõe de cem vezes menos ou não reinveste o suficiente".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 13 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 5 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL Há 14 Horas

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 13 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 11 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

esporte Indefinição Há 13 Horas

Qual será o próximo destino de Neymar?

brasil São Paulo Há 14 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

economia LEILÃO-RECEITA Há 11 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama Documentário Há 5 Horas

Diagnosticado com demência, filme conta a história Maurício Kubrusly

fama LUAN-SANTANA Há 14 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento