O Oceano Atlântico está coberto, há vários dias, por uma mancha opaca. Trata-se de uma nuvem de ar do Saara, composta por uma massa de ar seca e com pó do deserto africano. Alguns cientistas denominam-na de 'nuvem de poeira Godzilla'.
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Segundo a BBC, este é um fenômeno anual mas que este ano parece estar causando mais impacto. A poeira é a mais intensa dos últimos 50 anos e segue em direção à América do Norte.
Imagens captadas por satélite permitem ver uma nuvem marrom que está se deslocando da África para o Caribe.
Os habituais tons de azul, do mar, são agora imperceptíveis.
A nuvem começou a formar-se há uma semana e já percorreu mais de 5 mil quilômetros pelo mar até o Caribe.
Today's view of a large Saharan dust plume. Watch in near-realtime: https://t.co/mtWrgxAxqY. pic.twitter.com/aq4Ozto4Ng
— CIRA (@CIRA_CSU) June 19, 2020
Segundo relatos de metereologistas à Associated Press, esta massa forma-se no deserto do Saara no fim da primavera, no verão e no começo do outono no Hemisfério Norte, e geralmente desloca-se em direção ao Oeste sobre o Oceano Atlântico a cada três ou cinco dias. Quando ocorre, costuma ser de curta duração, não superior a uma semana. Contudo, quando existem ventos suaves esta torna-se mais propensa a percorrer mais quilômetros.
A poeira do Saara é responsável por fornecer areias às praias do Caribe, sendo por isso um fenômeno importante. Contudo, quando o nível de poeira é muito elevado pode tornar-se também prejudicial, uma vez que afeta a qualidade do ar e pode dificultar a respiração.
Por esse motivo, e numa altura em que se teme a pandemia da Covid-19, muitos são os países da América Central e Norte a lançar alertas para que as pessoas fiquem em casa.