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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decidiu prorrogar uma vez mais a quarentena no país, devido ao aumento do número de casos de contaminação pelo novo coronavírus. Entre os dias 1º e 17 de julho, os residentes na Região Metropolitana de Buenos Aires terão restrições de circulação ainda mais rígidas. A região tem 93% dos casos de todo o país.
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A decisão de aumentar as medidas de controle foi tomada pelo presidente Fernández, em conjunto com o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, e o prefeito da capital, Horacio Rodríguez Larreta.
O anúncio das novas regras foi feito hoje (26). O governo determinou o retorno à fase 1 da quarentena, aquela com medidas mais rígidas. Há duas diferenças em relação à quarentena obrigatória decretada em 20 de março: os bancos poderão seguir abertos e estão autorizados passeios recreativos com crianças.
Ao anunciar as medidas, Fernández destacou que medidas mais duras são necessárias para diminuir o ritmo de contágio da doença e reforçou ter ciência de que haverá perdas econômicas. “Temos que fazer algo para parar o ritmo de contágio, para aliviar os leitos ocupados, e seguir garantindo que todos os argentinos tenham a atenção que merecem. Para muitos, isso que estamos resolvendo e decidindo, é prolongar um problema que tem consequências econômicas, eu sei. Mas quero ser franco, o Banco Mundial diz que é a crise econômica mais grave desde o ano 1870".
Nas novas regras, vigentes a partir de 1º de julho, todos os comércios deverão fechar as portas, exceto os de serviços essenciais, como venda de alimentos e produtos de higiene e limpeza. Estima-se que cerca de 50 mil lojas deverão permanecer fechadas na capital do país. O transporte público, por exemplo, funcionará apenas para os trabalhadores dos serviços essenciais. As indústrias com protocolos de segurança e transporte para os empregados seguirão funcionando normalmente.
As práticas de atividades físicas durante a noite, que já tinham sido liberadas, serão novamente proibidas. Mas os passeios com crianças, para espairecer, seguirão liberados, desde que, por no máximo, uma hora e em um raio de 500 metros da moradia.
A última extensão da quarentena no país era até o dia 28 de junho. Para evitar um vácuo legal na segunda-feira (29) e terça-feira (30), o novo Decreto Nacional de Urgência entrará em vigor na segunda-feira, mas especificará que, na quarta-feira, 1º de julho, as novas restrições entram em vigor.
Na manhã de hoje, representantes do Ministério da Saúde argentino atualizaram os dados da pandemia. No total, o país tem 52.457 casos confirmados de covid-19, sendo 2.606 nas últimas 24 horas. O total de mortes chega a 1.167, sendo 34 nas últimas 24 horas. Entre todos os infectados, 8% correspondem a profissionais da saúde. Há 472 pessoas internadas em Unidades de Terapias Intensivas. Na região metropolitana de Buenos Aires, 54% dos leitos estão ocupados. O país já realizou mais de 318 mil testes, sendo 9.120 ontem (25).
No mundo, há mais de 9 milhões de pessoas contaminadas e o registro de mais de 479 mil mortes. Nas últimas 24 horas, globalmente, foram registrados 163 mil novos casos e mais de 5 mil mortes. As Américas representam 49,5% dos casos de todo o mundo, com 4,6 milhões de infectados. Desses, 50,6% estão nos Estados Unidos, 24,9% no Brasil e 1% na Argentina.
Com informação: Agência Brasil