© Gustavo Bezerra / PT na Câmara
O pedido de afastamento imediato do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, requisitado em ação por um grupo de oposição do clube chamado "Frente Liberdade Corinthiana", foi negado pela Justiça nesta terça-feira.
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O juiz Rubens Pedreiro Lopes, da 4ª Vara Cível do Tatuapé, afirma que o grupo não apresentou elementos suficientes para que Andrés seja afastado do cargo. Ele também diz que precisa ouvir o lado do presidente já que "os documentos apresentados com a inicial não evidenciam a plausibilidade do argumento da parte autora, porquanto os fatos são controvertidos e somente poderão ser melhor analisados sob o crivo do contraditório".
Na ação, o grupo afirma que o presidente pegou um empréstimo com dois bancos em 2019 contraiu uma dívida de R$ 70 milhões sem ter solicitado previamente uma aprovação interna.
"O juiz entendeu que não há evidência da plausibilidade do argumento dos autores, negando a tutela provisória que havia sido requerida. É uma decisão correta e justa, em harmonia com o que havíamos previsto, pois a ação proposta não preenche os requisitos para concessão de liminar. O Andrés continua regularmente em seu pleno exercício de Presidente", disse Fabio Trubilhano, diretor jurídico do clube.
Os 21 conselheiros e sócios que entraram com o processo criticam o dirigente por gestão temerária e por desrespeitar o estatuto da equipe. Em publicação nas redes sociais, a "Frente Liberdade Corinthiana" confirmou que entrou com o pedido nesta segunda-feira. "Como anunciado, hoje temos importante notícia para quem ama o Corinthians. A Frente Liberdade Corinthiana acabou de protocolar no Fórum do Tatuapé ação pedindo o imediato afastamento de Andrés Sanchez do cargo de presidente do Corinthians", escreveu o grupo de opositores.
O clube se manifestou sobre o assunto por meio de uma nota oficial afirmando que a administração "recebe com tranquilidade o evidente atropelo do Estatuto e o oportunismo eleitoral, que movem um grupo político rumo a um pedido judicial de natureza estranha e apressada".
"Estranha porque o clube tem órgãos independentes aos quais cabe requisitar os devidos esclarecimentos à gestão executiva, notadamente o CORI (Conselho de Orientação) e o Conselho Deliberativo. Apressada porque, em meio a uma paralisação sem precedentes no futebol, provoca tribunais de forma marqueteira, sem qualquer zelo pela imagem do clube, com o único intuito de antecipar - em um semestre - o processo eleitoral interno", complementa a nota.
Caso o atual presidente seja afastado, a presidência passará a ser ocupada por Edna Murad Hadlik, primeira vice do clube.