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Em entrevista à Folha, Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula e ex-ministro de Dilma Rousseff, reage fortemente aos pedidos de quebra de sigilo de sua família por investigadores da Operação Zelotes e denuncia uma espécie de complô para "desmoralizar" e "prender" o ex-presidente da República. Segundo Carvalho, o PT tem de reconhecer os erros cometidos no passado, mas não pode ser alvo de perseguição.
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Quanto a prestar depoimento na PF, Gilberto Carvalho, na entrevista, considera natural que, após 10 anos na vida pública, possa ser investigada. “O que não pode é o atropelamento dos direitos individuais. Fiz parte de um governo que conseguiu estabelecer uma autonomia dos procedimentos da Polícia Federal. Tenho orgulho de termos contribuído para o aumento da transparência mesmo que o nosso partido seja, hoje, por erros que nós cometemos, vítima desse processo, mais isso é natural”, explicou ele.
Gilberto Carvalho, faz fortes críticas ao vazamento de informações sigilosas. “Critico o cidadão da Receita Federal que recomenda a quebra de sigilo bancário e fiscal dos meus familiares sem que contra mim haja nenhum indício real, efetivo, de que eu tenha sido beneficiário de qualquer propina ou ação dessas pessoas que estão presas hoje. É uma leviandade e uma exposição desnecessária. Não condeno a investigação, condeno a irresponsabilidade dessas pessoas”, reclamou o petista em entrevista à Folha.