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Portadores da síndrome do pânico geralmente têm intolerância às atividades físicas. Os cientistas explicam que isso ocorre devido aos sintomas manifestados num ataque, como taquicardia. Na maioria das vezes, essas pessoas apresentam baixo condicionamento cardiorrespiratório. No entanto, destaca o jornal O Globo, é por meio do exercício que pacientes têm ganhado qualidade de vida, autoconfiança e supressão de crises extremas de ansiedade.
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A publicação explica que a síndrome do pânico é uma das doenças psiquiátricas mais comuns do mundo. Os dados apontam que esta síndrome afeta entre 1,7% e 5% da população global. A Organização Mundial de Saúde (OMS) inclui a síndrome do pânico na lista das 20 doenças mais debilitantes do planeta. U
Uma pesquisa inédita realizada pelos brasileiros Raphael Marques Gomes, Aline Sardinha, Claudio Gil Araújo, Antonio Nardi e Andrea Deslandes, da UFRJ, apontou que o treinamento aeróbico é capaz de ajudar a controlar a síndrome do pânico.
O Globo destaca que o editor de livros Ronaldo Bolsas Pereira Teixeira, de 63 anos, convive com a síndrome do pânico desde 1980. Foi há dez anos que ele começou a perceber a melhora na qualidade de vida, com a prática de exercícios.
“No início, tinha medo, porque os ataques de ansiedade fazem com o que coração dispare. Você teme enfartar. Vira hipocondríaco. Aos poucos, o treinamento lhe mostra que isso não é verdade. Com o exercício mais intenso, sua pulsação sobe mais do que num ataque. E nada acontece. Você descobre que ficará bem. É uma sensação maravilhosa. Devolve a autoconfiança”, afirmou.
Ele ainda contou que os medicamentos auxiliam em muitos aspectos, mas não eliminam, por exemplo, uma hipocondria intensa. “Com exercício, ela desaparece. Você vê na prática que os sintomas não têm fundamento”, esclarece.