© REUTERS / Danny Moloshok (Foto de arquivo) 
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A atriz Amber Heard, 34, acusou o ex-marido Johnny Depp, 57, de abusá-la fisicamente e verbalmente, enquanto ele consumia bebidas alcoólicas e drogas, e que temeu por sua vida diversas vezes durante os dois anos de casamento com ele.
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Em depoimento prestado nesta segunda-feira (20) no Supremo Tribunal do Reino Unido, em Londres, Heard também negou as acusações de Depp de que ela usava drogas e era uma pessoa controladora e abusiva. Atualmente, o tribunal examina o processo de difamação de Depp contra o jornal The Sun, movido por causa de um artigo de abril de 2018 que o rotulou de "espancador de mulheres" por supostamente abusar de Heard.
"Alguns incidentes foram tão graves que eu tinha medo de que ele fosse me matar, intencionalmente ou mesmo perdendo o controle e indo longe demais", disse ela ao tribunal. "Ele ameaçou explicitamente me matar muitas vezes, especialmente mais à frente em nosso relacionamento."
Heard ainda insistiu que qualquer ação que ela tenha tomado em reação aos ataques de Depp foi feita em legítima defesa. "Quando senti que minha vida estava ameaçada, tentei me defender, e isso começou a acontecer após anos de relacionamento, anos de violência", disse ela ao tribunal. "Antes disso, eu nem tentava me defender".
Depp nega veementemente ter abusado da atriz. Sua advogada, Eleanor Laws, gravou uma discussão entre o casal em que Depp acusa Heard de jogar panelas e outros itens nele. Heard diz que só jogara coisas "para escapar dele".
Desde o divórcio, em 2017, após dois anos de um casamento tumultuado, Depp e Heard se acusam mutuamente. Após o testemunho de Depp, em que foi questionado por vários dias sobre uso de drogas e álcool, declarações dos funcionários do ator levantaram dúvidas sobre a credibilidade de Heard.
No nono dia de audiências, nesta sexta (17), o artista Isaac Baruch, amigo de Depp há 40 anos, afirmou que as contusões de Heard ao redor dos olhos, visíveis em fotos publicadas na imprensa em 2016, eram falsas. "Ela registrou uma queixa fraudulenta por violência doméstica para chantageá-lo durante o divórcio", disse Baruch em seu depoimento por videoconferência de Los Angeles.
Baruch afirmou que viu a atriz no dia seguinte ao incidente de maio de 2016, durante o qual, segundo ela, Depp jogou um telefone celular em seu rosto. Ele garantiu que a viu de uma proximidade "de 30 centímetros", mas não encontrou "uma única marca", afirmando ter "100% de certeza". Segundo os advogados de Johnny Depp, a foto foi retocada.