Após denúncia, oficiais do Exército são condenados por fraudes em PE

Um capitão, dois tenentes e uma ex-tenente, um coronel e a dona da empresa envolvida nos crimes respondem na ação por estelionato e falsidade ideológica

© Shutterstock - imagem ilustrativa

Justiça Exército 23/07/20 POR Estadao Conteudo

A Justiça condenou seis militares e uma empresária por fraudes na compra de equipamentos de informática para o Hospital Militar de Área do Recife, localizado na região central da capital pernambucana. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$344 mil.

PUB

Um capitão, dois tenentes e uma ex-tenente, um coronel e a dona da empresa envolvida nos crimes respondem na ação por estelionato e falsidade ideológica. As penas determinadas pela juíza Maria do Socorro Leal, da Auditoria da 7ª Circunscrição Judiciária Militar da União, chegaram a seis anos de prisão.

A investigação revelou que, entre 2008 e 2010, empresas contratadas emitiam notas fiscais para justificar pagamentos por produtos que não eram entregues. O esquema contou com participação de militares que desempenhavam funções de almoxarifes e fiscais administrativos e seria coordenado por um coronel responsável pelo ordenamento de despesas e contabilidade da unidade de Saúde.

As firmas eram escolhidas através do que se chama de processo de 'carona', quando há adesão à ata de registro de preços de contratação pública composta por uma seleção de fornecedores por meio de um cadastro com validade de um ano.

Para dar aparência de legalidade às compras de computadores, impressoras e peças de informática, os dados eram preenchidos adequadamente no Sistema de Controle Físico do Material (SISCOFIS) e as notas fiscais 'frias', atestadas regulares pelos membros militares do esquema, entregues para fins de escrituração e liquidação.

Um capitão, que chegou a trabalhar como fiscal no hospital e foi ouvido no inquérito, afirmou que 'era comum a corrupção do crédito que chegava do Departamento Geral de Brasília' e que um servidor civil de almoxarifado, responsável por liberar materiais, costumava reportar empenho de insumos que não entravam de fato nas dependências da unidade.

"Sob a justificativa de ser em prol da vida e do atendimento ao público, sem a autorização do Fiscal, materiais eram pegos imediatamente no almoxarifado com a alegação genérica de não parar as atividades essenciais do hospital, postura essa autorizada pelo Diretor do hospital, como forma de evitar os trâmites legais de solicitação de material que demandavam mais tempo e fiscalização", diz a sentença proferida em maio.

O mesmo capitão procurou a Polícia Federal para relatar as suspeitas sobre irregularidades em compras no hospital e colaborou com as investigações. Segundo o processo, o militar chegou a ser grampeado e ouviu fornecedores indicando atas superfaturadas no Hospital Central do Exército, em Brasília, no Hospital de Bom Sucesso e do Hospital Central de Ipanema, ambos no Rio de Janeiro. O material teria subsidiado onze inquéritos policiais militares.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 17 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

esporte Peru Há 19 Horas

Tragédia no Peru: relâmpago mata jogador e fere quatro durante jogo

mundo Loteria Há 19 Horas

Homem fica milionário depois de se esquecer do almoço em casa: "Surpreso"

fama Televisão Há 18 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

politica Tensão Há 20 Horas

Marçal manda Bolsonaro 'cuidar da vida' e diz que o 'pau vai quebrar' se críticas continuarem

lifestyle Alívio Há 19 Horas

Três chás que evitam gases e melhoram a digestão

fama Luto Há 20 Horas

Morre o lendário produtor musical Quincy Jones, aos 91 anos

fama Saúde Há 19 Horas

James van der Beek, de 'Dawson's Creek', afirma estar com câncer colorretal

tech WhatsApp Há 20 Horas

WhatsApp recebe novidade que vai mudar forma como usa o aplicativo

mundo Catástrofe Há 18 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia