Tio de jovem morto em atropelamento vai julgar cassação de CNH

Ele é tio de Vitor Gurman, jovem que em 2011 virou símbolo do combate à embriaguez ao volante depois de ser atropelado e morto na Vila Madalena, zona oeste da capital

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Brasil Detran 12/11/15 POR Estadao Conteudo

O arquiteto Nilton Gurman, de 56 anos, vai presidir o órgão do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) criado só para julgar recursos de motoristas flagrados com base na Lei Seca em São Paulo. Ele é tio de Vitor Gurman, jovem que em 2011 virou símbolo do combate à embriaguez ao volante depois de ser atropelado e morto na Vila Madalena, zona oeste da capital.

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Entre janeiro e julho deste ano, segundo dados do Detran, foram registrados 26.295 flagrantes baseados na Lei Seca no Estado, e 13.373 condutores tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.

O arquiteto assumirá, até sexta-feira, a direção da primeira Junta Administrativa de Recursos de Infração (Jari) do Brasil criada só para as infrações administrativas de alcoolemia. A junta foi instituída por meio de decreto em outubro com o objetivo de uniformizar os julgamentos que terminam com CNHs suspensas pela infração.

O órgão vai ficar dentro da sede do Detran e receberá os recursos que antes eram apresentados pelos motoristas em uma das 37 Jaris do Estado. Segundo o departamento de trânsito, isso deve reduzir de dois meses para uma semana o tempo de análise das justificativas.

Gurman foi eleito pelos membros da nova Jari e diz que o cargo é "uma extensão do trabalho" realizado pela entidade composta por ele e outros familiares de mortos por motoristas bêbados, a "Não foi acidente".

"Os recursos normalmente são simples relatórios. O motorista sabe que está errado e tem três instâncias para recorrer. O julgamento precisa ser mais célere", afirmou o arquiteto.

O diretor-presidente do Detran, Daniel Annenberg, explicou que a nova Jari deve dar mais agilidade aos processos. "Tinha Jaris espalhadas por todo o Estado e todas julgavam os recursos de alcoolemia. Nós centralizamos. Não havia padronização e cada uma julgava de forma diferente." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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