Liderança diz que grupo não abre mão de impeachment

Schmidt chegou a Brasília na noite de terça-feira, 10, e foi recebido por parlamentares ruralistas

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Economia caminhoneiros 12/11/15 POR Estadao Conteudo

Uma das lideranças dos caminhoneiros em greve, Ivar Schmidt diz que o grupo não abre mão do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, e afirma que não vai deixar de fazer os bloqueios para abrir um diálogo com o governo federal. Integrante do Comando Nacional dos Transportes (CNT), grupo que organiza os bloqueios nas estradas desde a última segunda-feira, 9, ele participou hoje de reunião da Comissão da Agricultura que aprovou a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele preste esclarecimentos sobre as ações do governo frente as paralisações.

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Schmidt chegou a Brasília na noite de terça-feira, 10, e foi recebido por parlamentares ruralistas. Ele relatou ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que havia um acordo, na quarta-feira, 11, para que a convocação de Cardozo não fosse votada e para que a Medida Provisória 699 fosse revogada. "Foi tentado um acordo com o governo para se iniciar um diálogo em uma reunião que começaria às 9 horas de hoje (12), mas o governo, como sempre, trai todo mundo", reclamou.

O caminhoneiro admitiu que a edição da MP, no entanto, fez parte do movimento recuar, mas garantiu que os caminhoneiros vão voltar nesta quinta para as ruas. Segundo ele, a publicação dessas normas mais duras deu a eles o apoio da população. "O movimento não vai acabar. Não temos como continuar a trabalhar. O governo não atendeu nenhuma reivindicação do primeiro movimento", disse. "Não iniciaríamos uma nova greve se eles nos tivessem atendido", afirmou.

Schmidt disse ainda que não há previsão de que os caminhoneiros façam um acampamento em Brasília, como ocorreu em março, nas primeiras manifestações. "Não vamos recuar nenhum passo. Não vamos retirar a questão do impeachment. Não suportamos mais o aumento de custos que estamos tendo com combustível, energia, alimentação. Não temos condições. Estou tentando fazer com que os parlamentares entendam que essa MP do governo é digna de uma ditadura", disse.

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