© DR
Cientistas tem procurado por estrelas que não explodem para tentar compreender alguns mistérios que envolvem os buracos negros e seu surgimento. Muitas estrelas, por vezes com massa maior do que nosso Sol, morrem se transformando em uma supernova (corpos celestes que surgem após explosões de estrelas, expulsando para o espaço até 90% da matéria da estrela). As supernovas produzem objetos extremamente brilhantes, podendo chegar até 1 bilhão de vezes a partir de seu estado original em apenas alguns dias, mas depois vão diminuindo a intensidade até se tornarem completamente invisíveis, em algumas semanas ou meses.
PUB
Na Via Láctea, uma supernova ainda não foi testemunhada pelos astrônomos; mas eles já puderam observar algumas em galáxias vizinhas. Contudo, estranhamente, nenhuma das estrelas que deu origem a supernovas tinha massa maior do que 17 vezes a massa do Sol, apesar de muitas estrelas com massas muito maiores serem abundantes e, provavelmente, estarem morrendo como supernovas, segundo o site Scientific American.
A publicação revela que os cientistas suspeitam que os buracos negros podem ser a chave para resposta. Os pesquisadores teorizam que quando o núcleo de estrelas supergigantes vermelhas colapsam, em vez de se transformarem em supernovas podem formar buracos negros que engolem a estrela moribunda. De longe, a morte da estrela poderia anunciar o nascimento de um buraco negro. "Nós chamamos elas de "supernovas falhadas", afirma Stan Woosley, astrofísico da Universidade da Califórnia. Com esta teoria, baseados em observações feitas no ano passado através do Grande Observatório Telescópico Binocular, localizado no Arizona, cientistas Chris Kochanek, Jill Gerke e Kris Stanek anunciaram a descoberta de uma forte candidata a "supernova falhada", uma supergigante vermelha localizada na galáxia NGC 6946 que queimou e, em seguida, parecia piscar fora da existência.
Em julho deste ano, outro caso semelhante foi reportado. Os cientistas Thomas Reynolds, Morgan Fraser e Gerard Gilmore, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelaram terem observado através do Telescópio Espacial Hubble, outra supergigante, localizada na Galáxia NGC 3021, enfraquecer e se tornar escura. As pesquisas foram publicadas no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.