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O chefe da diplomacia russa considerou hoje que os atentados de Paris justificam uma intensificação da luta contra organizações radicais armadas como o grupo extremista Estado Islâmico (EI) ou a Frente al-Nosra, na Síria.
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"Não pode existir qualquer justificação que impeça fazer muito mais para derrotar o EI, Al-Nosra e grupos semelhantes", declarou Serguei Lavrov, em Viena, ao lado do homólogo norte-americano, John Kerry, antes de uma reunião internacional sobre a paz na Síria.
Kerry, que durante a noite tinha já condenado os atentados "odiosos e maléficos", considerou tratar-se de uma "espécie de fascismo (...) que não tem qualquer consideração pela vida humana, que procura destruir e criar o caos, a desordem e o medo".
"Há uma coisa que podemos dizer às pessoas, aquilo que eles [os grupos terroristas] fazem é reforçar a nossa determinação, de todos, para contra-atacar", acrescentou John Kerry. Os dois ministros juntaram-se em seguida à reunião ministerial multilateral de cerca de 20 países e organizações para tentar encontrar uma solução política para o conflito sírio. "Espero que esta reunião nos permita avançar", afirmou Lavrov.
Pelo menos 127 pessoas morreram e 180 ficaram feridas, 80 dos quais em estado crítico, em diversos atentados em Paris, na sexta-feira à noite, segundo fontes policiais francesas. Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram, segundo as mesmas fontes.
Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".