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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A funkeira Fernanda Rodrigues, conhecida como MC Atrevida, morreu, aos 43 anos, 11 dias após a realização de um procedimento cirúrgico numa clínica de estética em Vila Isabela, na zona norte do Rio de Janeiro.
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De acordo com os amigos da cantora, ela se submeteu a uma hidrolipo com enxerto, que consiste na transferência de gordura de uma parte do corpo para outra. No caso da funkeira, o excesso de gordura foi retirado das costas e aplicado nas nádegas. A cirurgia foi realizada na clínica Rainha das Plásticas.
Fernanda Rocha, 29, amiga da cantora, disse que a MC recebeu alta no mesmo dia do procedimento e sentiu fortes dores nas costas. Ela explicou que a amiga não procurou atendimento médico porque ao entrar em contato com a clínica, foi informada que as dores eram normais.
Próximo da data de internação, vários nódulos apareceram no corpo da cantora, o que a fez procurar uma unidade hospitalar. De acordo com Rocha, os médicos chegaram a aplicar morfina para minimizar a dor da paciente, mas a droga não fez efeito. Ela disse ainda que a MC morreu por infecção generalizada.
"Lá no hospital disseram que ela deveria ter procurado atendimento médico antes e que foram misturadas substâncias na gordura dela colocada no bumbum. Eles poderiam ter tentando drenar essa substância, mas não deu tempo. De madrugada o rim parou e uma hora depois veio a informação que ela não resistiu", diz Rocha.
De acordo com amiga, a responsável pela clínica Rainha das Plásticas foi procurada pela família e informada da morte. "O que você quer que faça?", teria respondido a mulher da clínica a familiares, segundo relato de amiga de MC Atrevida.
Em uma live nas redes sociais, a empresária Wania Tavares, dona da clínica, negou a informação de que houve mistura de substâncias durante o procedimento.
"A gente não coloca nenhuma mistura no bumbum de ninguém. Pelo que entendi, quando foi colocada a gordura, já tinha algo que misturou lá e deu problema", diz Tavares. "Quem tem algo no bumbum não pode mexer, isso é uma bomba."
Porém, em seguida, a empresária afirmou não ter provas que a cliente tinha feito um procedimento anterior em que tivesse aplicado outras substâncias. "Não estou falando que tem ou não tem. Não tenho laudo. Eu estou com a minha consciência super tranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente", completa Tavares.
MC Atrevida era conhecida na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, onde morava. Após passar dias com dores, a funkeira foi levada para o Hospital Municipal Evandro Freire.
A Secretaria de Saúde informou que a paciente deu entrada na emergência em 26 de julho. "A paciente foi encaminhada para UTI em estado grave, mas morreu no dia seguinte", diz o comunicado.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações estão em andamento. "Familiares estão sendo intimados a depor e os agentes realizam diligências para apurar a causa da morte", explicou a corporação. A delegacia de Vila Isabel, bairro onde fica a clínica, é a responsável pela apuração do caso.