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Connie Culp, a primeira mulher a receber um transplante quase total da face nos EUA, morreu aos 57 anos. O óbito foi confirmado pela Cleveland Clinic, onde foi realizado o procedimento histórico em 2008. Ainda não foi revelada a causa da morte nem o dia em que aconteceu.
De acordo com Frank Papay, responsável pelo Instituto de Dermatologia e Cirurgia Plástica, Connie era "incrivelmente corajosa, uma mulher vibrante e uma inspiração".
A sua força, revelou o médico citado pela Fox News, "era evidente", até pelo fato de "ter sido a paciente transplantada na face com maior longevidade".
O clínico realçou ainda a coragem de Connie por ter aceitado fazer uma cirurgia "que às vezes é assustadora".
Connie, refira-se, ficou severamente desfigurada quando, em 2004, o seu marido Thomas a alvejou na face.
O projétil afetou o seu nariz, bochechas, o céu da boca e um olho. Para além disso, centenas de fragmentos de bala e de osso foram encontrados na sua face.
Mais tarde, em dezembro de 2008, depois de 22 horas de cirurgia, os médicos conseguiram substituir 80% da face, dos músculos, dos nervos, da pele e dos vasos sanguíneos de Connie através de um transplante.
Já quanto a Thomas, acabou por disparar contra si próprio depois de ter alvejado a mulher. Sobreviveu, mas ficou com muito menos lesões do que Connie.
Thomas foi acusado e mais tarde foi inclusive condenado a sete anos de prisão por tentativa de homicídio agravado.
Connie acabou por perdoar o marido, tendo confessado, aliás, em 2009, que ainda o amava, embora não quisesse estar novamente com ele.