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Há cerca de um ano, foi com relativa alegria que a família de Abdelhamid Abaaoud recebeu a notícia de que o jihadista tinha morrido, na Síria, em combate pelo Estado Islâmico.
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“Estamos rezando para que tenha mesmo morrido”, afirmou na época a irmã mais velha deste jihadista, citada pelo New York Times. Mas as notícias sobre a morte de Abdelhamid Abaaoud foram precipitadas.
Filho de emigrantes, Abdelhamid Abaaoud surpreendeu a própria família, quando fugiu para se juntar ao Estado Islâmico, onde chegou no início de 2013.
Atualmente com 27 anos, este jihadista belga é tido como um dos cérebros por trás de uma série de ataques e atentados da passada sexta-feira (13). E é também suspeito de estar ligado a planos para outros ataques.
Abdelhamid Abaaoud teria regressado da Síria, para onde foi após se radicalizar, com o objetivo de espalhar o caos na Europa. Pouco depois após a sua família ter recebido notícias da sua morte, apareceu em um vídeo de propaganda do Estado Islâmico.
As autoridades, conta ainda o jornal nova-iorquino, chegaram a ser informadas do seu regresso e em janeiro houve inclusive um raide, na Bélgica, a uma casa vista como refúgio de jihadistas que Abdelhamid Abaaoud tinha ajudado. Mas o jihadista, já então na mira das autoridades, continuou à solta.
Esta madrugada (18), o suspeito de estar por trás dos atentados tornou-se o alvo da operação de segurança que tem decorrido em St-Denis, a norte de Paris.