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"O poder de compra das famílias deteriorou-se em 80% desde o início de 2011", afirmou o presidente da associação, Jamal al-Satal, em declarações ao diário sírio Al-Watan, publicação próxima do regime de Damasco.
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O representante afirmou que esta situação deve-se principalmente à queda da libra síria, em comparação com o dólar norte-americano, e ao aumento dos preços.
Um dólar valia 50 libras sírias antes do início do conflito civil na Síria em março de 2011, valor que atualmente subiu para as 370 libras sírias.
Jamal al-Satal acrescentou também que os baixos salários que são praticados naquele país não conseguem compensar a subida dos preços.
Mas, na opinião do representante, "uma subida dos salários poderá não ser uma solução", uma vez que qualquer aumento poderia causar uma nova subida da inflação, cuja taxa mantém há vários meses uma tendência crescente.
Segundo as estatísticas oficiais, a inflação (o aumento generalizado dos preços pelo motivo da perda do valor do dinheiro) aumentou em 39,7% entre maio de 2014 e 2015.
Desde 2011, a guerra na Síria fez mais de 250 mil mortos e mais de quatro milhões de deslocados. A par das perdas humanas, o conflito mergulhou o país numa situação económica terrível e destruiu os sistemas de educação e de saúde.
Segundo as estimativas das Nações Unidas, quatro em cada cinco sírios vivem abaixo da linha da pobreza.
Cerca de 20% da população síria não tem dinheiro para satisfazer as suas necessidades básicas e, nas regiões que estão sitiadas, as pessoas passam fome e sofrem de subnutrição, segundo a mesma fonte.