Justiça nega libertação de casal suspeito de gerenciar o Mega Filmes

O advogado do casal, Tiago Lerdini Bellucci, entrou nesta quinta-feira, 19, com pedido de revogação temporária da prisão, mas não teve sucesso

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Justiça Pirataria 19/11/15 POR Estadao Conteudo

O juiz Marcos Alves Tavares, da 1ª Vara Federal, manteve preso o casal Marcos Magno Cardoso e Thalita Cardoso, acusados de gerenciar o Mega Filmes HD, considerado o maior site de pirataria da América Latina. O advogado do casal, Tiago Lerdini Bellucci, entrou nesta quinta-feira, 19, com pedido de revogação temporária da prisão, mas não teve sucesso.

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Bellucci afirmou que recorrerá a um habeas corpus na segunda instância federal, alegando que os dois não atrapalham as investigações. "Não existe motivo para eles continuarem presos porque ajudaram na investigação. Forneceram inclusive a senha para desativar o site", afirma o advogado. O site foi retirado do ar anteontem à noite.

"Meus clientes são apenas a ponta do iceberg. Uma grande empresa de publicidade está por trás do site e era quem realmente ganhava dinheiro", diz Bellucci, que não quis revelar o nome da companhia. Segundo ele, o delegado e o juiz já têm conhecimento das ligações com essa empresa.

Bellucci afirmou que Marcos gerenciava um site da mesma forma quando morou no Japão. Segundo ele, o cliente não sabia que a punição no Brasil poderia levar à prisão. Achava que seria apenas multado.

De acordo com a PF, o esquema de compartilhamento ilegal de filmes e séries de TV rendia ao casal cerca de R$ 70 mil por mês, obtidos a partir da receita de publicidade exibida no site. A estimativa é de que o site recebia, em média, 60 milhões de visitas ao mês. Do total, 85% eram brasileiros e 15% de vários países da Europa e Ásia. O grupo mantinha também página em uma rede social, com 4,5 milhões de seguidores.

Batizada de "Barba Negra", a operação da PF desarticulou a organização criminosa especializada na prática de crimes contra os direitos autorais pela internet. Outras cinco pessoas suspeitas de participarem do esquema foram detidas, sendo uma em Cerquilho, duas em Campinas (SP) e outras duas em Ipatinga (MG). Segundo a polícia, elas foram ouvidas e liberadas.

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