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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O cantor Milton Nascimento, 77, se emocionou ao receber de Augusto, seu filho adotivo, uma certidão emoldurada que o reconhece como seu pai. O momento foi registrado nas redes sociais.
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Mesmo sem poder dar um abraço em Milton, Augusto entregou o presente ao pai, que se emocionou muito. "Mas nem um abraço?", disse o músico.
Na legenda do vídeo, Augusto falou sobre o que sentiu no momento. "E lá se vão uns bons, lindos e felizes anos desde que nos descobrimos pai e filho. Me lembro muito do incômodo que meu pai sentia antes de a gente decidir entrar com o processo de adoção e 'oficializar' o que já era uma realidade há muito tempo para nós dois. Lembro também que, durante todos os dias, até que saísse a sentença, ele me perguntava, de forma completamente impaciente e incansável, se tinha alguma novidade", começou.
Ver esta publicação no InstagramUma publicação partilhada por Milton Nascimento (@miltonbitucanascimento) a 9 de Ago, 2020 às 2:27 PDT
Agora a sentença saiu e foi emoldurada pelo filho ao pai. Augusto já pode incluir o nome Nascimento nos documentos. "Estávamos no aeroporto quando recebemos a notícia, e ele deu um grito ali mesmo e me abraçou por vários minutos. E, depois que tive os documentos alterados, ele pedia a minha identidade para mostrar a todos os amigos que encontrava", lembrou.
Afastado dos palcos por causa da pandemia do novo coronavírus, Milton Nascimento fez sua primeira live musical no dia 28 de junho, em seu canal no YouTube. Em entrevista ao portal F5, ele falou que tem acompanhado os movimentos antirracistas e fez críticas ao governo Bolsonaro. "Esse governo tem escancarado com maior naturalidade um desprezo absoluto pela arte, pela ciência e, principalmente, pela história do Brasil."
Carioca de nascença, mas mineiro de coração, Milton Nascimento passa a quarentena na casa do filho, Augusto, em Juiz de Fora (MG), local onde foi realizada a live. No isolamento, o cantor de 77 anos se entretêm de diversas formas. "Meu tempo está dividido entre o violão, TV, filmes e, de vez em quando, pego um livro e vou para a varanda."