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Os Estados Unidos emitiram nesta segunda-feira (23) um "alerta mundial" para os viajantes devido a um aumento das "ameaças terroristas, principalmente aos cidadãos americanos.
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Em comunicado, o Departamento de Estado esclarece "informações atuais que deixam entender que o EI [o grupo extremista Estado Islâmico], a Al-Qaeda, o Boko Haram e outros grupos terroristas continuam a planejar ataques terroristas em múltiplas regiões".
O comunicado recorda igualmente os recentes atentados perpetrados este ano " na França, na Nigéria, na Turquia e no Mali".
"Os cidadãos dos Estados Unidos devem manter-se vigilantes quando estiverem em espaços públicos ou utilizarem transportes", acrescenta o comunicado, além de alertar os norte-americanos para evitarem locais com grande concentração de pessoas e "manterem uma cautela particular durante o período de férias" que se aproxima.
"As autoridades consideram que continua a existir uma probabilidade de ocorrerem ataques terroristas, na medida em que membros do EI/Daesh estão regressando da Síria e do Iraque", alerta a diplomacia norte-americana, numa alusão aos combatentes estrangeiros que regressaram aos seus países de origem após terem combatido nas fileiras da organização 'jihadista'.
"Os extremistas tomaram por alvo os acontecimentos desportivos, teatros, mercados ao ar livre ou serviços aéreos", sublinha ainda o Departamento de Estado, remetendo aos últimos atentados, designadamente em Paris e no 'Stade de France' em 13 de novembro, ou contra um avião russo que sobrevoava a península do Sinai no final de outubro.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros dos EUA emite com frequência e regularmente notícias de alertas, país por país, para os seus cidadãos que se encontram ou viajem para o estrangeiro, mas o que foi hoje emitido é mundial e reveste-se de uma dimensão particular, tendo em consideração a multiplicação dos atentados nas últimas semanas.
Eventuais novos "ataques podem ocorrer através de uma ampla seleção de táticas, pelo recurso a armas convencionais ou não convencionais e podem visar interesses públicos ou privados", ainda segundo o Departamento de Estado.
Apesar de evitar detalhes, Washington assegura que "continua a trabalhar estreitamente com os nossos aliados face à ameaça colocada pelo terrorismo internacional".