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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma das atrizes mais ativas na militância pela comunidade lésbica, Bruna Linzmeyer, 27, afirma que ficou insegura em relação ao seu futuro profissional quando resolveu tornar pública sua sexualidade. Apesar disso, ela afirma que "nunca foi uma possibilidade não falar, por mais que eu tivesse meus medos."
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A atriz afirmou à Veja Rio que muitas pessoas a alertaram que poderia perder o emprego quando assumiu seu primeiro namoro com uma mulher, em 2015, mas que isso de fato não aconteceu. "Acho que os tempos são outros mesmo", afirma ela, que comemora a aceitação e diz que fará até fotos para uma marca de lingerie com pelo nas pernas.
"Estou com dois contratos longos de publicidade, de marcas que me respeitam, que me procuram por eu ser como sou. Nunca disse: 'Ah, se quiser, é assim, com a perna cabeluda'. Eles me deixaram à vontade e me fotografaram como eu estava, me sentindo bem. Na TV também me entendem e não querem me mudar. Tive meu contrato renovado com a Globo por mais três anos. Já estou lá há dez."
Segundo Linzmeyer, a reação da família também foi de medo e receio de que ela sofresse preconceito, mas ressalta que houve espaço para conversa e que seus pais foram entendendo. E mesmo na rua, em seu dia a dia, a atriz afirma que recebe mais manifestações de apoio do que críticas e ataques.
"Quando alguém tenta me ofender, chamando de sapatão, abro um sorriso e desmonto a pessoa. Nas redes, às vezes, sou atacada, aparece um 'você não é normal', coisas desse tipo", afirma ela, que diz não ligar para as hostilidades, "mas eles reforçam a minha determinação de seguir na luta."
A atriz, que terminou o relacionamento de três anos com a Priscila Fiszman, em outubro do ano passado, está namorando agora com a DJ Marta Lopes, conhecida como Marta Supernova. Ela assumiu o romance em abril, e tem passado a quarentena, em sua casa no Rio de Janeiro, com ela.
Linzmeyer também falou sobre a crise no mercado audiovisual e afirma que a situação não é resultado da pandemia. "O que fez com que muita gente ficasse sem trabalho foi a paralisação da Ancine, o congelamento de milhões de reais em editais que já foram ganhos. Isso é pré-pandemia. Agora, até que a vacina chegue, temos que encontrar novas formas de trabalhar."