Polônia inicia produção de medicamento experimental com plasma

Numa primeira fase, a empresa Biomed terá capacidade para fabricar cerca de 3.000 doses do medicamento experimental injetável.

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Mundo medicamento experimental 18/08/20 POR Notícias Ao Minuto Brasil

A empresa biotecnológica polonesa Biomed anunciou hoje o lançamento da primeira fase de produção de um medicamento experimental contra a covid-19 a base de plasma sanguíneo de mineiros que se recuperaram da doença respiratória. 

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O fármaco começará a ser testado no fim de outubro em vários hospitais, afirmou em coletiva de imprensa um dos administradores da empresa, Piotr Fic, citado pela agência noticiosa AFP.

Os ensaios clínicos devem durar cerca de quatro meses antes de o medicamento ser aprovado para uso hospitalar.

O processo de homologação típico de um medicamento foi encurtado na Polônia de sete para cinco meses por causa da pandemia da covid-19.

Numa primeira fase, a empresa Biomed terá capacidade para fabricar cerca de 3.000 doses do medicamento experimental injetável, que poderá ser administrado a qualquer doente, seja qual for o seu grupo sanguíneo.

O lançamento da produção do novo fármaco foi possível graças à colheita de 150 a 200 litros de plasma sanguíneo, em particular de mineiros da região da Silésia, fortemente atingida pela pandemia.

No limite, a companhia biotecnológica, especialista em medicamentos à base de plasma sanguíneo, terá capacidade para fabricar entre 30.000 a 40.000 doses do fármaco se tiver as quantidades de plasma necessárias.

O tratamento experimental da covid-19 com plasma de doentes recuperados - que contém anticorpos neutralizadores do coronavírus que causa a doença - tem sido aplicado em situações muito específicas e graves, mas, de acordo com especialistas, não é isento de riscos como a intolerância.

Em maio, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação anunciou o início do recolhimento de plasma sanguíneo de doentes recuperados para ensaios clínicos.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 774.832 mortos e infectou mais de 21,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (tipo de vírus) detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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